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Obra de Ferreira Gullar terá reedições e um lançamento inédito em 2017

Companhia das Letras, Autêntica e Bazar do Tempo anunciam lançamentos, que foram preparados pelo próprio autor

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1 de 1 ferreira-gullar - Foto: Reprodução

Várias reedições da obra de Ferreira Gullar estão programadas para 2017, todos preparados pelo próprio autor. Pela Companhia das Letras, que abriga desde o ano passado sua obra poética e ensaios, sairão novas edições de “A Luta Corporal” (1975) e “Na Vertigem do Dia” (1980). A Bazar do Tempo lançará “Os Desastres da Guerra”, colagens e poemas.

A Autêntica publicará coletânea de seus textos sobre arte que saíram na imprensa nas últimas décadas. A editora lança também reedição do livro infantil “Dr. Urubu e Outras Fábulas” (2005). “Ele estava muito entusiasmado, sabia versos de cor”, lembrou Maria Amélia Mello, amiga que cuidou da obra de Gullar na José Olympio.

Maria Amélia, que desde 2015 atuava como agente de Gullarm, contou que em breve sairá também pela Autêntica uma nova tiragem do último livro inédito do escritor, “Autobiografia Poética e Outros Textos”, uma autorreflexão sobre seu fazer poético.

Crônicas inéditas
Poeta desde a juventude, observador arguto da política brasileira e internacional, Ferreira Gullar se manteve produtivo até o fim da vida. Mesmo internado na UTI do Hospital Copa D’Or, no Rio, em decorrência de problemas pulmonares, deixou inéditas três crônicas, escritas à mão ou ditadas à mulher, a poeta Cláudia Ahimsa.

A neta Celeste encarregou-se de digitá-las. Uma aborda a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos; outra revisita um texto escrito por ele em 1989, “O Frango Tite”; e uma analisa a relação entre arte e tecnologia.

Lúcido até o fim
Gullar morreu na manhã de domingo (4/12), em decorrência de uma pneumonia, aos 86 anos. O enterro foi no mausoléu da Academia Brasileira de Letras (ABL), no cemitério São João Batista. Amigos da literatura, da música e da militância política, além da família, foram se despedir.

Entre eles, estavam os ministros da Cultura, Roberto Freire, das Relações Exteriores, José Serra, e da Defesa, Raul Jungmann; além de cantores, compositores, produtores de cinema, cineasta e também acadêmicos.

A viúva contou que Gullar manteve a lucidez mesmo com o agravamento de seu quadro. “Achei que ele fosse sair logo do hospital, que depois iria contar tudo numa crônica. Acredito que o próximo texto seria sobre Fidel Castro, mas não deu tempo”, lamentou Cláudia, companheira desde 1994. “Ele era muito intenso e disponível. Um passarinho que cansou de voar.”

 

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