Vitor Ramos impressionou usuários das redes sociais com as mudanças no corpo desde que começou o tratamento para HIV. Nos últimos dias, ele viralizou com um post em que incentiva a prevenção e o diagnóstico precoce da doença com fotos dele antes e depois do tratamento.
“O problema não é viver com HIV. O problema é viver sem saber do HIV. Previnam-se e se testem!”, alerta o homem de 29 anos no Twitter. Ele reforça ainda que a doença tem tratamento e que “existe vida pós-diagnóstico”. Para provar, mostra a diferença que a descoberta fez na vida dele e se tornou um ativista da causa nas redes.

Vitor Ramos mostra o dia a dia nas redesFoto: Instagram/Reprodução

Ele foi diagnosticado em 2018Foto: Twitter/Reprodução

e se recuperou após o tratamento, mas segue com sequelasFoto: Twitter/Reprodução

Vitor e Pietro são sorodiferentes e namoramFoto: Instagram/Reprodução

Ele compartilha a rotina, inclusive os remédios que toma para tratamentoFoto: Instagram/Reprodução
Diagnosticado como HIV positivo em 2018, ele relatou em conversa com a BBC Brasil que passou por muitas dificuldades desde os primeiros sintomas. Ao todo, foram cerca de três anos entre exames e medicações na busca por uma avaliação correta.
“Por conta do diagnóstico tardio, que levou quase três anos, a Aids me fez perder a visão do olho direito, parte da audição, e me causou sequelas de um certo atraso de movimento na perna esquerda. Mas me sinto ótimo, considero que minha recuperação foi muito boa, e, hoje, vivo bem”, disse. Vitor também pontuou a importância de não ouvir todas as opiniões ao redor e buscar fontes confiáveis de informação sobre o vírus.
O ativista usa as redes sociais para dividir o que sabe sobre o assunto. Em um post do começo de novembro, por exemplo, ele explica que quando uma pessoa HIV+ faz um exame que não detecta carga viral, isso significa que ela não pode transmitir o vírus e não terá problemas de saúde por causa dele. Além de poder ter filhos sem que a criança herde a doença.
Vitor Ramos é um homem preto e gay e mantém um namoro com uma pessoa sorodiferente, ou seja, que é HIV negativo. Em um vídeo, eles falam sobre como é viver uma relação assim: “É normal. Não tem muito o que ser dito. É vida normal”, conta o namorado Pietro.