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Morre Marc Beauchamps, produtor de Cidade de Deus e Olga, aos 61 anos

O produtor lutava contra um câncer que começou no pulmão, atingiu a cabeça e, em seguida, a bexiga. Velório será neste domingo (5/12)

atualizado

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Reprodução/ Instagram
Marc Beauchamps
1 de 1 Marc Beauchamps - Foto: Reprodução/ Instagram

O produtor de cinema Marc Beauchamps morreu neste sábado (4/12), aos 61 anos, em um hospital do Rio de Janeiro. Ele lutava contra um câncer que começou no pulmão, atingiu a cabeça e, em seguida, a bexiga.

“Meu pai é muito guerreiro, estava terminal há anos, mas continuou lutando como podia, ele queria muito viver. Teve um AVC, não resistiu ao câncer de bexiga”, disse Bruno Beauchamps, de 36 anos, filho de Marc, em postagem no Instagram.

“Eu estava com ele no hospital na hora em que morreu. Estava com a mão no peito dele e pude sentir os últimos batimentos do seu coração. Foi bonito”, completou.

Beauchamps está por trás de filmes como Olga, Cidade de Deus, Os Normais, Madame Satã, Pequeno Dicionário Amoroso e outros. Ele chegou ao Brasil aos 19 anos e dirigiu o primeiro documentário sore Serra Pelada, ao lado de Gustavo Hadba, que se tornaria um dos maiores fotógrafos do cinema brasileiros.

Além de Bruno, Marc deixa outros três filhos: Rafael, de 33 anos e Luisa, de 23. Ele era casada com a fotógrafa Fernanda Vasconcelos. O velório será nesse domingo (5/12), às 12h, no Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro. O produtor será cremado.

Prisão

Em 2013, o produtor foi preso pela Interpol por acusações de tráfico internacional de drogas pelo governo da França. Na ocasião, ele se defendeu das acusações por meio de um depoimento no seu perfil no Facebook.

“Posso ter feito muitas besteiras em minha vida, mas, nunca trafiquei! Estou muito feliz de poder escrever da minha casa e dizer o quanto o apoio de todos vocês me emocionou. Os 29 dias que fiquei preso foram terríveis! Não recomendo pra ninguém. Não consegui entender a razão do meu encarceramento. Realmente, vivi muitos anos no inferno e na escravidão da minha dependência química, mas nunca trafiquei e sempre fiz questão de ficar longe. Sempre dediquei minha vida profissional ao cinema, seja como técnico, diretor, produtor ou distribuidor. Todas as minhas rendas foram geradas somente pelo cinema e pelo audiovisual, nunca pelas drogas”, afirmou.

Ele foi condenado pelo Tribunal de Relação de Paris à pena de três anos de prisão pela prática dos crimes de transporte, posse, aquisição e exportação de entorpecentes. Em 2016, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou sua extradição. Mas, após recursos, o Supremo voltou atrás e ele acabou absolvido.

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