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Em meio a mudanças no Oscar, estudo mostra ausência de negras em Hollywood

Levantamento da Annenberg Inclusion Initiative mostra que 33 dos 100 maiores longas em bilheteria de 2019 não tinham negras em protagonismo

atualizado

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Universal Pictures/Divulgação
nós filme lupita nyong’o
1 de 1 nós filme lupita nyong’o - Foto: Universal Pictures/Divulgação

O mundo passa por transformações constantes em diferentes áreas, incluindo a diversidade na indústria do cinema, telenovelas e séries de TV. Entrando na onda dessas mudanças, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, responsável pela premiação do Oscar, definiu novas regras de inclusão nessa quarta-feira (9/9), que valerão a partir de 2024.

Para poder concorrer à categoria de melhor filme, diretores precisarão, obrigatoriamente, ter membros de minorias, como negros ou latinos, em papéis de protagonistas ou coadjuvantes, ou 30% do elenco composto por grupos pouco representados, além de narrativa principal focada nestes grupos.

Mesmo que as regras sejam válidas apenas para o ano de 2024, um levantamento anual de diversidade no cinema feito pela Annenberg Inclusion Initiative prova que as medidas são necessárias e devem ser tomadas o quanto antes, visando promover maior diversidade cultural em produções de grande sucesso.

Segundo o estudo divulgado pela THR, em 2019, 33 dos 100 filmes de maior bilheteria nos Estados Unidos não tinham nenhuma mulher negra no elenco. Além disso, mulheres asiáticas não aparecem em 55% dos filmes de maior bilheteria do ano passado. A situação se agrava para as mulheres latinas, que estão ausentes em 71% dos filmes selecionados pela pesquisa.

O levantamento não explicitou quais os 100 filmes usados no estudo, mas Vingadores: Ultimato, O Rei Leão, Homem-Aranha: Longe de Casa, Capitã Marvel, Frozen II, Toy Story 4, Coringa, Aladdin e Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw elencam os nove filmes de maior bilheteria do ano.

Dos citados, apenas Capitã Marvel conta com uma mulher como protagonista. Negros não estão incluídos nos papéis principais ou com destaque em nenhum dos longas.

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Pequena vitória

O levantamento da Annenberg mostrou um ganho discreto, em relação a 2018, em longas protagonizados por mulheres entre os 100 filmes mais lucrativos. No ano passado, foram 43 os filmes com mulheres  no papel principal, já em 2018, foram 39.

Mesmo que o número cresça lentamente desde 2007, o aumento é apenas uma pequena vitória para o time feminino. Do total de personagens com falas nestes filmes – não apenas os protagonistas –, as mulheres são 34%. Em 2007, representavam apenas 29,9% dos papéis com falas.

Mais dados

O estudo da Annenberg ainda focou em pessoas por trás das câmeras, como diretoras e produtoras. 12 dos 100 filmes mais lucrativos do ano passado foram dirigidos por mulheres, o maior número da série histórica do levantamento. Em 2018, foram apenas cinco diretoras em grandes filmes do ano.

Em suas novas regras, a Academia do Oscar também exige que equipes por trás das câmeras tenham grupos pouco representados, como mulheres ou pessoas com deficiência, em cargos de liderança, ou 30% da equipe geral formada por membros destes grupos.

Além do protagonismo feminino, a Annenberg também mostrou que, no total, houve 61 personagens LGBTQ+ em grandes produções de Hollywood, o equivalente a 1,4% de todos os papéis com falas nos 100 filmes analisados. O índice não teve alteração em relação a 2018.

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