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Em entrevista, Lázaro Ramos fala sobre como foi dublar o Grinch

O ator soteropolitano contou ao Metrópoles sobre sua segunda experiência na dublagem e outros projetos da carreira

atualizado

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Renan Olivetti/Divulgação
Lázaro Ramos em O Grinch
1 de 1 Lázaro Ramos em O Grinch - Foto: Renan Olivetti/Divulgação

Por semanas a fio, quando Lázaro Ramos achava algo engraçado, a risada do Grinch saía. O segundo trabalho de dublagem do ator é na releitura da Universal do clássico conto americano. Vencedor de um Emmy em 2007 por sua performance na novela Cobras & Lagartos, o baiano garante que o ofício de dublador é muito diferente da atuação tradicional.

Embora a história do Grinch tenha inúmeros elementos da cultura americana – o conto original, do Dr. Seuss, foi lançado em 1957 nos Estados Unidos –, Ramos acredita que a história é universal. “É o tipo de filme que eu levaria meus filhos para ver no cinema”, afirmou.

Ao Metrópoles, o soteropolitano contou detalhes da sua atuação na animação, além de outros projetos de sua carreira, como o retorno da peça O Topo da Montanha, ao lado de sua esposa, a atriz Taís Araújo. O casal vai promover, em 19 e 20 de novembro, duas noites culturais em São Paulo: além do espetáculo, o evento ainda conta com uma festa black e com um show do cantor Criolo. E ele já adiantou que a ideia é expandir para outras cidades brasileiras.

Como o trabalho de dublagem se difere da atuação? Foi um aprendizado para você?

É um trabalho de total aprendizado, de se deixar levar pelo personagem. No primeiro dia, fiquei angustiado, queria impor no desenho o que eu havia imaginado. Mas a arte deles é tão legal, é um jeito diferente de criar. Quando entendi isso, fluiu. Você vai fazendo a voz, o personagem acaba saindo. A risada dele, por exemplo, não te abandona nunca mais, fica tatuado na gente. Eu passei uns dias falando como Grinch em casa.

Como foi dublar um personagem de outra cultura? Como você se preparou?

Quando te convidam para um trabalho como esse, você tem se planeja. Eu treinava na frente do espelho. É um trabalho coletivo, porque tem que se levar em conta desde desenho do artista até a dublagem do ator original. Quando entendi isso, ficou mais prazeroso. É claro, dei um jeitinho de colocar um cacoete ou outro, algo mais abrasileirado. Mas é uma história universal, um personagem num mundo encantado. O Grinch é um mal-humorado que se transforma pelo gesto de uma criança.

Qual a sensação de sua voz em outro personagem?

É muito prazeroso, mas fiquei impressionado, porque teve momentos em não me dei conta de que eu era o dublador. Você vê aquela criaturinha verde e a história contada, fica absorto naquilo.

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Pode falar um pouco sobre seu filme, Bando, dirigido em parceria com Thiago Gomes?

O Bando está tão legal! A gente inscreveu em festivais, fomos selecionados para sete, exibimos em três. Ele conta a história do meu grupo de teatro, um dos mais longevos do país. Está completando 28 anos e eu e o diretor, Thiago, fizemos uma homenagem. Acabou tendo outro caráter, trazemos reflexões sobre o valor da arte, das possibilidades criativas. Por onde passa, as pessoas entendem que não é só um filme sobre um grupo de teatro, mas uma declaração de amor a essa arte.

Você e a Taís Araújo vão encenar O Topo da Montanha de novo. Por que decidiram refazer a peça tão pouco tempo depois do fim da temporada?

A gente sente falta de duas coisas. Primeiro, de trabalhar junto. Depois, de fazer essa apresentação. Cada um mantém sua agenda, mas, pelo menos uma vez por mês, a gente quer se encontrar para isso. Resolvemos inventar um evento, uma mistura de manifestações culturais. Vamos fazer isso em São Paulo, mas queremos levar para outras cidades. Esse mês, depois da peça, vamos bater um papo com o público, seguido de um show do Criolo e uma festa black. Estamos avaliando se o formato funciona.

Você viajou com seus livros para Cabo Verde. Como foi a experiência de levar seu trabalho para a África, conhecer os escritores de lá?

É muito emocionante. E olha que sou ator, me emociono muito com teatro, mas é outro valor. Escrever ainda é um lugar de insegurança para mim, porque nunca se sabe como o leitor vai receber aquilo, principalmente fora do país. Ao chegar lá, aconteceu uma coisa muito linda: eu ia fazer só uma sessão de bate-papo, mas me chamaram para fazer outra. Fui reconhecido na rua, conheci quem já tinha lido meus livros infantis.

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