metropoles.com

Crítica: Rampage – Destruição Total tem efeitos fracos e não entretém

Nova parceria entre Dwayne Johnson e Brad Peyton se baseia em jogo de Arcade de 1986 e nem divertido é

atualizado

Compartilhar notícia

Warner Bros/Divulgação
Rampage
1 de 1 Rampage - Foto: Warner Bros/Divulgação

Quando um jogo de Arcade dos anos 1980 torna-se não só inspiração, mas fundamento para o cinema, há de se questionar a criatividade de roteiristas, produtores e diretores na indústria. Ainda mais se for Rampage, videogame no qual o jogador controla animais gigantescos  pelos EUA e Canadá.

O protagonista Davis Okoye (Dwayne Johnson) tem seu charme graças ao carisma do ator, que geralmente consegue dar graça às produções. Não é esse o caso. Nem The Rock salva o filme.

O início, no entanto, é o ponto alto: a relação de Okoye com seu gorila albino, George (Jason Liles), é especial e cativante. Uma pena que a Warner não investiu em efeitos especiais como a Fox em sua série de O Planeta dos Macacos. O CG, sobretudo dos primatas, deixa muito a desejar.

O conflito se instaura quando uma base de testes espaciais sofre um incidente em seus experimentos, que são ejetados de volta à Terra. Três objetos vão parar nos EUA e, quando tocados, iniciam uma série de mutações genéticas que transformam qualquer animal num monstro gigantesco. Assim, temos um lobo de 9 metros, um crocodilo gigante e… George, claro.

0

 

A história é tão inconsistente, apoiada em um roteiro preguiçoso em explicar como a tecnologia funciona. Não existe um elemento em todo filme para elucidar por que o lobo e o crocodilo ganham vantagens evolutivas, a exemplo de uma pelagem capaz de lançar espinhos nos inimigos, enquanto George simplesmente aumenta de tamanho.

Outro ponto confuso são os vilões. Burke (Joe Manganiello) é apresentado como o clássico militar que vai infernizar a vida do mocinho, apenas para morrer em menos de 10 minutos de cena. A dupla de malévolos aparece depois e é escrita com uma dinâmica tola. Claire Wyden (Malin Akerman) dá vida à clássica Cruela De Vil, enquanto seu irmão, Brett (Jake Lacy), faz o papel de capanga trapalhão – extremamente caricato, portanto, fica difícil o enxergar como CEO de uma grande empresa.

Com diálogos muito mal escritos e um roteiro em que absolutamente tudo e todos estão em lugares extremamente convenientes, o filme não se envergonha de se contradizer. Ao conhecer Okoye, a doutora Kate Caidwell (Naomie Harris) diz não poder contar a ele os detalhes da natureza da mutação de George. Mas, basta ela colocar os olhos no gorila, para falar ao zoólogo tudo. Por fim, uma conclusão clichê: afinal, humanos não são tão ruins assim.

Avaliação: Ruim

Compartilhar notícia