Crítica: Imperdoável é irregular, mas Sandra Bullock brilha em filme
O misto de drama e suspense da Netflix traz a atriz como uma ex-presidiária. Imperdoável estreia em 10 de dezembro
atualizado
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Imperdoável, filme da Netflix que estreia nesta sexta-feira (10/12), traz atenção para um ponto muitas vezes esquecido pela sociedade: como é a vida de alguém que, após condenado, cumpre a pena e deixa a prisão? O longa, adaptado a partir de uma série homonima de 2009, usa Sandra Bullock para refletir sobre o tema, em meio a um thriller psicológico que oscila entre bons momentos e outros de execução ruim.
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Sandra Bullock é o destaque da trama KIMBERLEY FRENCH/NETFLIX
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Ela vive a ex-presidiária Ruth KIMBERLEY FRENCH/NETFLIX
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Viola Davis como Liz Ingram KIMBERLEY FRENCH/NETFLIX
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Imperdoável está na Netflix KIMBERLEY FRENCH/NETFLIX
Sandra Bullock é Ruth, uma ex-presidiária que cumpriu 20 anos de cadeia por assassinar um policial. Fora da penitênciária, ela tenta reconstruir sua vida e reencontrar a irmã, que foi adotada por outra família.
O arco de Ruth então parte em duas direções: obter notícias da irmã e descobrir como se reencaixar em uma sociedade que a despreza. Mais do que uma ex-presidiária, ela é uma assassina de policiais – um crime para o qual não haveria perdão. A atuação de Sandra Bullock é o ponto alto, já que a atriz é capaz de transmitir medo, resignação e determinação.
Assim como, após entregar seu grande desfecho (que, para evitar spoilers não mencionarei), a própria mulher parece se questionar se suas ações e escolhas são perdoáveis, compreensíveis ou mesmo aceitáveis.
É interessante notar que, nos momentos de maior impacto emocional, a diretora alemã Nora Fingscheidt opta por um plano no qual Ruth está andando. Uma forma de representar a força da mulher, que, em um mundo novo e que não a aceita, segue indo em frente.
Falhas
Os problemas de Imperdoável surgem quando o filme se afasta da jornada de Ruth em se readequar ao mundo e a coloca em um thriller de suspense óbvio, previsível e acelerado. Mesmo que a ideia seja questionar se, de fato, há algo que seja “imperdoável”, falta ao filme tempo para colocar essa discussão em prática.
A conclusão do longa, então, tem uma tensão criada artificialmente pela sequência de ações, que, analisadas mais friamente, não parecem fazer tanto sentido.
Mesmo com os pontos negativos mencionados, Imperdóavel tem o mérito de se afastar da fórmula genérica tão vista em recentes filmes originais da Netflix e cativa com a grande atuação de Sandra Bullock. Longe se ser uma obra-prima, é um filme que prende atenção.
