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Crítica: Crô em Família é triste fim de personagem querido na telinha

Filme estreia, nesta quinta-feira (6/9), em mais de 700 salas de cinema espalhadas por todo o Brasil

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Crodoaldo Valério (Marcelo Serrado) ganhou o coração dos noveleiros de plantão em Fina Estampa (2011). À época, o personagem conduzia com segurança a verve cômica exigida pela trama de Aguinaldo Silva. A popularidade levou a Crô – o Filme (2013). A produção não repercutiu bem com a crítica, mas ultrapassou a marca de 1 milhão de espectadores e rendeu mais de R$ 14 milhões em bilheteria.

Desta vez com direção de Cininha de Paula, Crô em Família estreia, nesta quinta-feira (6/9), em 700 salas por todo o Brasil e tenta repetir os números do primeiro longa. Porém, se já era uma aposta arriscada dar um filme inteiro a um papel coadjuvante das telinhas enquanto a dramaturgia ainda estava fresca na cabeça dos brasileiros, imagina insistir nessa empreitada cinco anos depois?

A nova versão da vida de Crô rompe completamente com a história contada nos cinemas em 2013. Esqueceram, inclusive, que o protagonista teve uma filha na montagem anterior. Agora, o socialite está deprimido depois do rompimento com o “boymagia” Zarolho (Raphael Viana). A solidão é quebrada com a chegada de uma família de trambiqueiros dispostos a matar o professor de etiqueta para conseguir ficar com o dinheiro do burguês.

Apesar de contar com o carisma de estrelas da TV nacional como Arlette Salles, Rosi Campos e Tonico Pereira, o filme peca com o excesso de figuração famosa sem função no roteiro. Exemplo de Jojo Toddynho, que aparece em uma cena curta como aluna da escola de etiqueta do protagonista – no clássico, e preconceituoso, estereótipo no qual negro e favelado é mal-educado.

Há também uma ligação de vídeo com o Seu Peru 2.0 (Marcos Caruso) e o Ferdinando (Marcus Majella), cuja a única função é repetir gírias clichês da comunidade LGBTQ+. Até um show de Preta Gil e Pablo Vittar acontece de forma completamente aleatória aos acontecimentos, numa manobra feita apenas para encaixar, a qualquer custo, a participação das cantoras.

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Se existe um traço de graça na comédia de Marcelo Serrado é Gení, criatura leve e singela de Jefferson Schroeder. Sem apelação, o ator e rei das dublagens é o responsável pelas poucas risadas ouvidas durante a sessão. Principalmente quando reproduz a voz de Kate – com a qual ficou conhecido após um vídeo da imitação viralizar na internet. Mas, sozinho, Schroeder não consegue salvar as quase duas horas de filme.

O ideal é que Crô tivesse ficado lá atrás, guardado apenas na memória afetiva dos fãs da dramaturgia global, como a “bicha má”, Felix (Mateus Solano), de Amor à Vida (2013), e tantos outros.

Avaliação: Ruim

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