Cidade em Chamas: 7 filmes imperdíveis para ver na mostra de Hong Kong
Programação reúne longas estrelados por nomes como Chow Yun-Fat, Pei-Pei Cheng e Jackie Chan. Ciclo começa nesta terça (12/6), no CCBB
atualizado
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Com 23 filmes, a mostra Cidade em Chamas: O Cinema de Hong Kong reúne produções realizadas na ex-colônia britânica. A programação começa nos anos 1960 e termina em 1997, ano da devolução do território à China. As sessões acontecem no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília, desta terça (12/6) até 8 de julho.
A seleção proporciona ao público um instigante passeio por alguns dos melhores longas do século 20. São filmes que desafiam os limites entre gêneros cinematográficos, como ação, comédia, histórico, melodrama e policial, juntam tradição e modernidade, além de carregarem o talento de grandes cineastas (Ann Hui, John Woo, Tsui Hark, Chang Cheh) e estrelas (Pei-Pei Cheng, Jackie Chan, Chow Yun-Fat).Na galeria abaixo, Filipe Furtado, crítico de cinema e curador da mostra, indica e comenta sete filmes que considera imperdíveis para ver durante as semanas de exibição de Cidade em Chamas:

Sonhos da Ópera de Pequim (1986), de Tsui Hark. Política, amor, teatro, revolução. Tsui Hark homenageando o teatro clássico chinês, mas de um jeito só dele. Uma revolucionária, uma ladra e uma atriz insatisfeita. Muitos encontros e desencontros, intriga, humor, romance e ação. É um exercício em liberdade Divulgação

O Amor Eterno (1963), de Han Hsiang Li. Um dos gêneros mais populares de Hong Kong nos anos 1960 era a opereta. Baseado na história dos amantes da borboleta, uma das mais famosas do folclore chinês, o longa consegue aquele equilíbrio raro entre tradição e modernidade – ou, melhor dizendo: um filme que quanto mais adere à tradição, mais moderno se revela Divulgação

Fervura Máxima (1992), de John Woo. Quando John Woo fez Fervura Máxima, já estava de malas prontas para Hollywood. O filme é ao mesmo tempo obra de uma violência catártica apontando um desejo de fuga e um sumário de tudo que o cineasta realizara nos seis anos anteriores. Estão ali todos os movimentos, imagens e temas de que ele se ocupou. Um filme previsto sobre a ideia do efeito colateral. Inocentes morrem de novo e de novo, em meio aos tiroteios de Woo, e até os heróis ocasionalmente acertam o alvo errado Divulgação

Irmãos de Sangue (1973), de Chang Cheh. Um dos melhores e mais exatos longas de Chang Cheh. Realizado na passagem do filme de espadachim para o filme de kung fu. Guerra, poder, amizade e cobiça. Grande coreografia de ação Divulgação

Os Refugiados do Barco (1982), de Ann Hui. Filme sobre os horrores do Vietnã pós-guerra vindo de Ann Hui, uma das maiores cineastas da Ásia. Longa bastante duro na sua descrição da vida lá, mas de grande empatia pelo povo local Divulgação

Confissões Íntimas de uma Cortesã Chinesa (1972), de Chor Yuen. História de vingança e indignidades. Confissões é um dos mais belos filmes de exploitation já feitos. O contraste entre a aspereza da trama e a força das imagens cuidadosamente compostas por Chor Yuen é de grande força Divulgação

Companheiros, Quase uma História de Amor (1996), de Peter Chan. É uma história de amor. Peter Chan reimagina a última década do território antes da reunificação, pelos encontros e desencontros de um casal de interioranos chineses que emigra para Hong Kong em busca de melhores oportunidades. Um filme de sentimentos desnudos, dos melhores romances das últimas décadas e com um dos melhores papéis de Maggie Cheung Divulgação
Cidade em Chamas: O Cinema de Hong Kong
De 12 de junho a 8 de julho, no cinema do Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB (Setor de Clubes Esportivos Sul, Trecho 2, Lote 22). Telefone: (61) 3108-7600. Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada). Veja a programação completa. A classificação indicativa varia de acordo com os filmes