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“Amor ao Quadrado” é exibido neste sábado em homenagem a Brasília

Primeira produção de dramaturgia regional da TV Globo Brasília, telefilme busca identidade com a cidade

atualizado

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1 de 1 amor-ao-quadrado_divulgacao_9 - Foto: Divulgação

Como quase todo jovem que morou no Plano Piloto, Renê Sampaio cruzava as Asas Norte e Sul de ônibus para ir à escola. Chegou a tirar músicas da Legião Urbana no violão, mas fazer cinema era mais interessante. O diretor de “Faroeste Caboclo”, baseado na canção homônima de Renato Russo, volta à cidade com o projeto “Amor ao Quadrado”.

“Sou um cineasta de Brasília, foi aqui que comecei a filmar e vou trabalhar na cidade sempre”, confessa o diretor, que desde 2012 vive entre o Rio e capital. “Costumo brincar que moro dentro de uma mala”, ri.

Primeira produção de dramaturgia regional da afiliada em Brasília, o telefilme de 40 minutos é um presente de Natal da emissora que vai ser exibido neste sábado (24/12), após o “Jornal Hoje”. No mesmo dia, projeto similar, mas com temática diferente, também passa em Recife e Belo Horizonte.

Filmado em nove dias durante o mês de setembro, “Amor ao Quadrado” tem como objetivo valorizar o cinema local. Com exceção dos dois protagonistas, o elenco e boa parte da equipe técnica são de Brasília.

“Grande parte da equipe é da cidade, o elenco é maravilhoso, não deixa nada a desejar à demanda nacional. Foi muito importante trabalhar com pessoas que tivessem uma ligação forte com a capital”, observa Sampaio. “Ficamos muito satisfeitos com o resultado, é um roteiro muito leve, emocionante, que fala sobre o amor, a relação das pessoas com a cidade, busca uma identidade com os brasilienses”, comenta o diretor de programação da Globo Brasília, Max de Oliveira.

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Homenagem à cidade
A trama mostra os encontros e desencontros de dois anjos cupidos em meio à correria da cidade. Um é experiente e frustrado. O outro, cheio de energia, mas atrapalhado. Amargurado e decepcionado com suas tarefas celestiais, Oscar (César Troncoso) decide se aposentar, mas antes precisa treinar um sucessor, Lúcio (Pablo Sanábio), sedento para flechar o coração de um simples mortal.

Para estrear sua arma do amor, Lúcio tem como tarefa unir três casais incertos à deriva pela capital até o raiar do dia. Para tanto, terá que contar com a ajuda do calejado e pessimista amigo alado.

A narrativa construída por Renê Sampaio busca atiçar a autoestima do brasiliense, ao filmar pontos emblemáticos da cidade como o Planetário – com aparência bem futurista –, a Torre Digital, o Setor Militar Urbano, e claro, o Parque da Cidade.

“O telefilme comunica muito bem com a plateia, Brasília se gosta de ver na tela, é muito importante para a cidade que projetos como esses contaminem outras emissoras”, elogia o diretor, que vai rodar no meio do ano que vem na cidade o filme “Eduardo & Mônica”, outra produção cinematográfica baseada em música de Renato Russo.

Produto genuinamente televisivo, “Amor ao Quadrado” não vai ganhar as salas de cinema. A ideia é que a produção percorra o circuito dos festivais e depois volte à grade de programação alternativa como o Canal Brasil, a Globo Play e plataformas similares. Se a recepção do público for boa, há possibilidade de o filme ser exibido em canal aberto. “Quem sabe até em rede nacional, vai depender das ‘cartas dos leitores’”, brinca Renê, orgulhoso da cria.

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