metropoles.com

BBB22: “Não é exceção”, diz equipe de Linn em nota contra transfobia

Desde que entrou no programa, na quinta (20/1), Linn da Quebrada foi alvo de ao menos cinco comentários transfóbicos

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução/ Instagram
Na imagem colorida, uma mulher está posicionada no centro. Ela tem cabelos escuros e curtos, tem olhos castanhos e sorri para a câmera
1 de 1 Na imagem colorida, uma mulher está posicionada no centro. Ela tem cabelos escuros e curtos, tem olhos castanhos e sorri para a câmera - Foto: Reprodução/ Instagram

Vítima de ao menos cinco comentários transfóbicos em menos de uma semana de programa, a participante Linn da Quebrada, do Big Brother Brasil 22, tem recebido apoio de espectadores nas redes sociais. Nesse sábado (22/1), a equipe da sister publicou nota sobre os acontecimentos, documento no qual reforça a identidade travesti de Linn e aponta dados sobre violência contra o público trans no Brasil.

“Em nosso país, violências transfóbicas atravessam pessoas trans e travestis, estejam elas dentro de um reality show ou não. Essa violência é recorrente, tanto que o Brasil se manteve pelo 13º ano como o país que mais mata travestis e transexuais… Neste momento, pela primeira vez, grande parte do país está visualizando algumas das muitas violências as quais pessoas trans e travestis são submetidas diariamente. Infelizmente, Linn da Quebrada não é exceção”, disse parte a nota da artista.

Na nota, a equipe da participante ainda reforça que a prática de transfobia é crime previsto na Lei 7716/89 e o Brasil lidera as estatística de assassinatos de travestis e pessoas trans na América Latina e Central, “região que concentra 70% dos casos” ao redor do globo. Até a publicação deste texto, a nota, no Twitter, tinha cerca de 42 mil curtidas e mais de 6,6 mil retuitadas.

0
Transfobia

Assim que entrou na casa, na quinta (20/1), Linna foi chamada de “ele” por Eslovênia, que logo foi corrigida pela artista. No dia seguinte, a cantora Naiara Azevedo enfatizou que ela “não chegou aqui [na casa] nem como mulher, nem como trans, ela chegou aqui como gente”. Linna rapidamente reforçou sua identidade travesti para corrigir a colega de confinamento.

Pouco depois, foi a vez de Rodrigo Mussi esbanjar ignorância no tratamento dispensado a Linna. O brother usou o termo “traveco”, de cunho pejorativo, para se referir à colega, e ainda iniciou um debate com a participante. “Quero perguntar se essa palavra, que não quero ficar falando, é realmente agressiva”, questionou o gerente comercial. “Com certeza”, rebateu Linn da Quebrada, contundente. “Você não sente quando você diz?”, questionou.

Também na sexta-feira (21/1), o surfista Pedro Scooby escorregou nas palavras e se referiu a Linna por pronomes masculinos, mas logo se corrigiu. Já no sábado (22/1), a participante foi questionada, por meio de torpedo anônimo, se “está solteiro“. O uso do sufixo masculino causou incômodo tanto dentro quanto fora da casa, e gerou reações negativas dos espectadores nas redes sociais. Na edição da TV aberta, foi mostrado que a médica Laís, que costuma estar próxima a Linna, foi a autora do “recado”.

Compartilhar notícia