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Vigilância Sanitária manda fechar funerária denunciada pelo Metrópoles

Equipe de fiscais inspecionou a empresa na manhã desta sexta-feira (26/10) e encontrou irregularidades

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Tanatos
1 de 1 Tanatos - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A Vigilância Sanitária determinou, nesta sexta-feira (27), o fechamento da Funerária Tanatos, situada no Setor P Sul em Ceilândia. A empresa continuava em funcionamento mesmo sem a presença de um médico-legista, profissional indispensável para esse tipo de estabelecimento.

Quem assinava os atestados do local era Agamenon Martins Borges, 61, preso nessa quinta-feira (26), durante a Operação Caronte, deflagrada pela Corregedoria da Polícia Civil e pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). Como o Metrópoles denunciou, a funerária é suspeita de ter um exército de papa-defuntos espalhado pelo Distrito Federal.

De acordo com a chefe do Núcleo de Inspeção da Vigilância Sanitária de Ceilândia, Sílvia Helena de Souza, o fato de não contar com profissionais adequados para executar serviços funerários impede que a empresa permaneça aberta.

Nesta sexta, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) mandou soltar Agamenon. Em audiência de custódia, a juíza Vivian Lins Cardoso Almeida estabeleceu liberdade provisória mediante pagamento de fiança no valor de R$ 937.

A proprietária da Tanatos, Maria Ivanilda Lima, conhecida como Eva, voltou a negar envolvimento com a máfia das funerárias e garantiu estar legal perante a todos os órgãos reguladores desse mercado. “Não temos qualquer tipo de irregularidade, pois temos toda a documentação. O que eu respondo na delegacia é o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta)”, ressaltou. O documento trata da suposta compra da permissão de funcionamento do local. “Fui convidada a prestar esclarecimentos ao delegado e levei todas as provas de que somos uma empresa correta”, acrescentou.

Operação Caronte
A Tanatos não estava entre os alvos da Operação Caronte, por isso, permanecia em funcionamento apesar das apurações da 23ª DP. Ligadas ao médico-legista Agamenon Martins Borges, preso na Caronte e acusado de ser o líder do bando, a Tanatos, a Pioneira e a Universal – essas duas últimas objetos da Caronte – contavam com um esquema organizado no mercado da morte.

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Fontes policiais ouvidas pela reportagem contaram que Agamenon deixava centenas de atestados de óbito assinados. Ao chegarem aos locais dos falecimentos, os papa-defuntos apenas preenchiam o documento com o nome da vítima e, sem qualquer exame, atestavam a causa da morte.

O bando encabeçado por Agamenon pode, ainda, ser responsável pela subnotificação de vários homicídios no DF. Há relatos de que pessoas assassinadas a tiros ou facadas recebiam o diagnóstico de morte natural.

(Aguarde mais informações)

 

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