Juíza manda soltar líder da máfia da morte por crime de porte de arma

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) mandou soltar, nesta sexta-feira (27/10), pelo crime de porte de arma de fogo, o médico Agamenon Martins Borges, 61 anos, acusado de envolvimento com a máfia das funerárias. Durante audiência de custódia, a juíza Vivian Lins Cardoso Almeida concedeu liberdade provisória mediante pagamento de fiança no valor de R$ 937. No entanto, o acusado permanece detido por liderar o mercado da morte no Distrito Federal.

A magistrada entendeu que a apreensão da arma de fogo “não causou considerável abalo à ordem pública”. Diante disso, mandou soltar o médico, mas sob algumas condições. Ele terá de comparecer a cada dois meses em juízo e não pode se ausentar do DF por mais de 30 dias sem autorização judicial, medida que, na prática, não terá efeito, uma vez que ele não deixará a cadeia.

Agamenon foi preso na quinta (25), durante a Operação Caronte, deflagrada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Ele é dono de uma funerária em Formosa (GO).

Segundo os investigadores, o médico integra uma organização criminosa acusada de falsificar atestados de óbito no Distrito Federal e de fazer parte da máfia das funerárias. Os suspeitos cobravam até R$ 6 mil das famílias e fizeram centenas de vítimas.

A máfia das funerárias conta com um exército de papa-defuntos no Distrito Federal. São homens e mulheres com a mórbida missão de mapear mortes em hospitais, clínicas e até nas ruas. O objetivo é cobrar das famílias enlutadas valores inflacionados.

Além de Agamenon, outras oito pessoas foram presas durante a operação e três são consideradas foragidas.

Confira quem são os alvos da operação:

– Agamenon Martins Borges
– Reandreson Miranda dos Santos
– Miriam Sampaio dos Santos
– Alex Bezerra do Nascimento
– Jocileudo Dias Leite
– Valtercícero dos Santos
– Samuel Aguiar Veleda
– Cláudio Barbosa Maciel Filho
– Cláudio Barbosa Maciel
– Augusto Cesar Ribeiro Dantas
– Conrado Augusto de Farias Borges
– Marcelo de Oliveira Silva