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Vídeo: vítima de estupro coletivo muda versão em depoimento à polícia

Inicialmente, a mulher afirmou ter sido violentada por seis homens. Em oitiva realizada nesta sexta-feira (15), ela diminuiu para cinco

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1 de 1 novo - Foto: Reprodução

Em depoimento prestado à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher de Águas Lindas (Deam), a jovem de 25 anos, que alega ter sofrido estupro coletivo durante uma festa realizada em Águas Lindas de Goiás, mudou a versão dos fatos. Inicialmente, a vítima havia afirmado que foi violentada por seis homens. Em oitiva realizada nesta sexta-feira (15/10), a mulher diminuiu para cinco o número de agressores.

O Metrópoles apurou que ela descartou a participação de Daniel Marques Dias, organizador da festa e irmão do policial militar do Distrito Federal Irineu Marques Dias. Os irmãos e mais um suspeito foram presos em flagrante e seguem à disposição da Justiça.

Imagens exclusivas obtidas pela reportagem mostram Daniel Dias completamente embriagado na manhã de sábado (9/10), dia em que o crime teria ocorrido. Segundo testemunhas, o homem chegou a ficar desacordado.

Veja:

O vídeo está em poder da polícia e será periciado.

No início da tarde desta sexta, a vítima prestou depoimento na Deam de Águas Lindas e reiterou que teria sido estuprada por cinco homens. Veja fotos de hoje da delegacia:

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Polícia Civil de Goiás investiga o caso
Vítima de estupro coletivo deu novo depoimento à polícia na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher em Águas Lindas de Goiás (GO)
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Delegada Tamires Teixeira, responsável pelo caso de estupro coletivo cometido em Águas Lindas de Goiás

Fotos: Arthur Menescal/Especial Metrópoles
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Polícia Civil de Goiás investiga o caso

Arthur Menescal/Especial Metrópoles
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Vítima de estupro coletivo deu novo depoimento à polícia na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher

Foto Ilustrativa/ Arthur Menescal/Especial Metrópoles
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Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher em Águas Lindas de Goiás (GO)

Fotos: Arthur Menescal/Especial Metrópoles
Inconclusivo

Laudo preliminar realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) de Goiás não constatou lesões ou vestígios de ato libidinoso no corpo da mulher. O Metrópoles teve acesso ao documento. No laudo, os peritos detalham que a vítima apresentava rompimento himenal antiga, já tendo ocorrido conjunção carnal. No entanto, não é possível precisar datas.

O exame inicial não detectou marcas de violência na região anal, vagina e coxas. Mas isso não quer dizer que a mulher não tenha sofrido abusos. “Atos libidinosos podem ocorrer sem deixar vestígios ou podem ser fugazes”, pondera o parecer.

Os investigadores aguardam a conclusão dos testes laboratoriais que buscam identificar a presença de esperma no corpo da jovem. Na manhã desta sexta-feira (15/10), ela se apresentou à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher de Águas Lindas (Deam) para prestar novo depoimento.

Laudo inconclusivo do IML
Laudo inconclusivo do IML
Estupro

Peritos ouvidos pela reportagem alertam para a complexidade do caso, uma vez que é possível cometer estupro mesmo sem conjunção carnal. “Além da penetração, há como concretizar a violência na felação, ou até mesmo ao encostar nos seios ou órgãos sexuais da vítima. Ou seja, qualquer ato que satisfaça a libido. Mesmo que os exames laboratoriais não constatem a presença de sêmen, provas subjetivas ainda podem caracterizar o crime”, explicou a fonte.

O estado de embriaguez da jovem também pode torná-la vulnerável a ponto de não responder pelas ações e decisões. A tipificação consta no Código Penal Brasileiro. A legislação, desde 2009, prevê o crime de estupro de vulnerável.

O objetivo é proteger indivíduos que tenham menos possibilidades de defesa, como os menores de 14 anos, pessoas com enfermidades ou deficiências mentais, ou que, por qualquer outro motivo, tenham sua capacidade de resistência diminuída.

Por exemplo, uma pessoa que foi dopada, ou está alcoolizada, mesmo que esteja em estado de inconsciência por vontade própria, não pode ter sua intimidade violada, pois não está em condições de expressar sua vontade. Nem mesmo o marido pode obrigar a esposa a praticar ato sexual. Para o estupro de vulnerável, a pena é de 8 a 15 anos, sendo aumentada quando há lesão corporal grave, de 10 a 20 anos; no caso de morte, de 12 a 30 anos.

O caso

Nessa segunda-feira (11/10), a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) abriu investigação contra o subtenente Irineu Marques Dias. O militar foi acusado de cometer estupro contra a jovem de 25 anos durante uma festa na cidade goiana.

A suposta violência teria acontecido no sábado (9/10), numa festa organizada pelo irmão do subtenente Daniel Marques Dias. Irineu, Daniel e um terceiro homem, identificado como Thiago de Castro Muniz, também foram identificados pela mulher como autores do abuso.

Segundo contou a moça aos policiais, ela teria ido à festa na sexta-feira (8/10), já com o objetivo de virar a noite. Na madrugada de sábado, duas mulheres a teriam convidado para dormir. Depois de entrar no quarto, as duas teriam saído e, em seguida, entrou o militar, com uma arma.

Ainda segundo a versão da mulher, o policial a teria abusado sexualmente e, depois, foi seguido por mais cinco pessoas, que se revezaram no estupro. Por fim, ela teria conseguido escapar e buscado ajuda com vizinhos. O Corpo de Bombeiro Militar do Estado de Goiás (CBMGO) prestou apoio à mulher e a levou ao Hospital Municipal Bom Jesus.

Após a denúncia da jovem, os acusados foram conduzidos à 17ª Delegacia Regional de Águas Lindas e presos em flagrante. Nessa quarta-feira (13/10), o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) negou o pedido de liberdade da defesa dos acusados.

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