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Vídeo: em boate sem janelas, dezenas de homens se aglomeram para apalpar striper

Perigo está no momento em que a dançarina derrama bebida sobre os seios, e os participantes são convidados a sugá-los, fazendo um rodízio

atualizado

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Gustavo Moreno/Especial para o Metrópoles
striper dançando
1 de 1 striper dançando - Foto: Gustavo Moreno/Especial para o Metrópoles

Striptease, suor, muita fumaça e nenhuma ventilação. A festa semanal embalada pelos movimentos eróticos de stripers em uma boate de Taguatinga Sul desafia todas as exigências sanitárias estipuladas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) no combate à Covid-19. A balada ferve com a interação entre as dançarinas e os clientes em um palco suspenso. Como cortesia, convidados participam de uma simulação sexual e, ainda, é possível “beber” vodca derramada sobre os seios das garotas.

Todo o erotismo regado a muita bebida alcóolica e baforadas de narguilé ocorre dentro de um ambiente completamente fechado e insalubre, sem janelas ou dutos de ventilação. É como estar dentro de uma caixa que impede olhares curiosos de quem passa em frente ao estabelecimento. Ninguém usa máscara ou se preocupa em passar álcool em gel nas mãos.

A reportagem do Metrópoles passou uma noite na casa noturna, que cobra R$ 10 pela entrada. O movimento começa ao redor da boate por volta das 21h30, quando as primeiras meninas desembarcam dos veículos chamando a atenção masculina pela pouca roupa. Provocantes e convidativas, as garotas prometem um show quente para quem pagar pela apresentação. Ao menos 100 pessoas curtiram a noitada na boate.

Proibido fotografar

A mudança de cores psicodélicas que decoram o teto da boate prenuncia a chegada das stripers que farão as performances da noite. Com o ambiente inebriado pela fumaça dos narguilés, o DJ faz o anúncio sobre a presença da primeira garota.

Rapidamente, pelo menos cinco funcionários da boate — alguns deles seguranças da casa —, se posicionam em locais estratégicos para evitar que os clientes fotografem ou filmem a apresentação das dançarinas. Qualquer tentativa de burlar o esquema e registrar imagens clandestinas são repreendidas na hora. Apenas dois assistentes de palco têm autorização para registrar em vídeo o striptease.

Usando apenas uma calcinha fio dental, a moça dança freneticamente no ritmo do funk e arrasta o primeiro convidado que participará da apresentação. Sentado em uma cadeira, o homem fica imóvel enquanto a garota faz movimentos sensuais ao seu redor, até que senta em seu colo.

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Azaração e erotismo

O perigo está no momento em que a striper derrama bebida sobre os seios, e os participantes são convidados a sugá-los, em algo parecido como um esquema de rodízio. “Quem tá na chuva é para se molhar. A rapaziada que vem para uma balada dessa não está preocupada com Covid”, disse um dos convidados quando perguntado pela reportagem se havia medo de contrair a doença.

Não apenas os seios das dançarinas eram compartilhados. As piteiras dos narguilés também eram divididas entre duas ou três pessoas. As máscaras só apareceram nos rostos dos funcionários quando uma equipe da fiscalização do DF Legal esteve no estabelecimento.

Após os agentes irem embora, o clima de azaração e de erotismo voltou, sempre com muito contato físico e despreocupação com qualquer possibilidade de contaminação pelo coronavírus.

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