Pesquisadoras da Universidade de Brasília (UnB) registraram a presença de uma onça-pintada e outros seis animais no Parque Nacional de Brasília. Flagra ocorreu em setembro, durante o monitoramento da distribuição de tamanduás-bandeiras no DF.
O parque é conhecido por ser abrigo de animais em perigo de extinção, entre eles o tatu-canastra, o tamanduá-bandeira e a onça-parda. Espécies também registradas pelas câmeras da pesquisa, assim como o veado-campeiro e a anta, foram um lobo-guará e um cachorro do mato.
A doutoranda em Ecologia, Priscilla Petrazzini, quem descobriu os bichinhos, desenvolveu parte de sua pesquisa na Água Mineral, como é conhecido na cidade o parque, com o apoio de armadilhas fotográficas espalhadas no interior da unidade de conservação. Ela não imaginava que encontraria tantas espécies pelo local, inclusive o felino que está ameaçado de extinção.
Veja vídeo:
Ameaças
As imagens dos animais captadas pela equipe da UnB ocorreram após os focos de incêndios registrados no parque no início de setembro. Segundo as pesquisadoras, as queimadas ameaçam a fauna direta e indiretamente, pois no período de pico da seca, há baixa quantidade de recursos naturais disponíveis e baixa umidade do ar.

O Parque Nacional de Brasília é um abrigo para animais em perigo deextinção

Puma também foi vista no local Foto: Priscilla Petrazzini

Animal foi flagrado duas vezes pelas pesquisadoras Foto: Priscilla Petrazzini

Desde 2020, a doutoranda em Ecologia pela UnB Priscilla Petrazzini desenvolve parte de sua pesquisa no local Foto: Priscilla Petrazzini

Intuito era avaliar distribuição de tamanduá-bandeira na região Foto: Priscilla Petrazzini

Captação ocorreu na área de preservação, em local afastado da visitação Foto: Priscilla Petrazzini

Logo Guará é comum no local Foto: Priscilla Petrazzini
Durante a pesquisa, o grupo registrou constantes ameaças externas, como caçadores, cachorros domésticos e pessoas que invadem as áreas de acesso restrito. “Isso afeta a distribuição da fauna, restringindo-a às áreas centrais da unidade. A presença de cachorros domésticos em áreas de proteção, por exemplo, tem sido motivo de alerta, pois estes animais competem com outros carnívoros por alimento e transmitem doenças, como cinomose e sarnas, para as espécies nativas”, diz Priscilla.