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UnB: estudantes de medicina fazem greve por falta de aulas práticas

Paralisação teve início nessa segunda-feira (31/1). Membros do Camed organizaram piquetes on-line e interromperam aulas virtuais

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Corredor e pessoa de costas caminhando universidades
1 de 1 Corredor e pessoa de costas caminhando universidades - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Após deliberação na última sexta-feira (28/1), estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB) realizam uma série de atos contra a ausência de atividades práticas no curso de graduação. As atividades dão sequencia aos protestos da última semana. A partir desta segunda (31/1), os discentes optaram por uma greve geral do curso e farão diversas ações em razão desta nova paralisação ao longo da semana.

Nesta terça-feira (1º/2), o Centro Acadêmico Professor Gilberto de Freitas (Camed) convocará estudantes da etapa de internato para dar “cursos” sobre práticas básicas da medicina, como aferição de pressão e ausculta. Nesta quarta (2/2), farão uma marcha do prédio da faculdade de saúde até a reitoria da UnB como forma de protesto pela ausência de atividades práticas neste novo período letivo. Ainda terão uma aula de biossegurança e um sarau no resto da semana.

“A gente [os estudantes] não pode estar dentro da Universidade para aprender o básico. Ontem, como foi o primeiro dia, tivemos dois alunos que quiseram assistir aula, mas arranjamos uma forma de fazer um piquete on-line ─ expulsamos alunos e professores”, reclama a coordenadora de assuntos acadêmicos do Camed, Ingrid Soares, 29 anos.

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Segundo a universitária, apesar do início da Etapa 2 do Plano de Retomada de Atividades, que garante pelo menos 15% de alguma presencialidade, a Faculdade de Medicina (FM) alegou que não tem como garantir as medidas de biossegurança para todos os alunos e, portanto, suspendeu tudo.

No dia 13 de janeiro, a FM suspendeu o retorno das atividades presenciais. O novo cenário da pandemia de Covid-19 foi o principal fator que influenciou a ordenar o cancelamento.

“É um ponto muito importante. Para voltarmos às práticas, todos os alunos da faculdade de medicina nos vacinamos. Entendemos que é a ciência que conta”, avalia a coordenadora do Camed. Em carta, o Centro Acadêmico avalia que o ensino remoto é “incondizente” com um curso de Medicina, que apresenta grande carga horária prática;

O que diz a reitoria

Por meio de nota, a reitoria da UnB diz que acompanha as medidas adotadas por todas as unidades administrativas e acadêmicas da instituição, incluindo as ações da FM, e que respeita a decisões das unidades acadêmicas da instituição.

Outros protestos

Esta não é a primeira paralisação dos alunos neste ano. Nos dias 24, 25 e 26 de janeiro, alunos de medicina ocuparam o prédio da FM para assistir aulas on-line presencialmente como forma de protesto.

Também, no dia 19 de janeiro, ocorreu outra manifestação na L4 Norte em virtude do adiamento das aulas presenciais em disciplinas práticas do curso.

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Na ocasião, o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) informou, por meio de nota, que concorda com a reclamação dos alunos de que o curso de medicina apenas no formato online atrapalha os estudos e a experiência. “A faculdade de medicina além de teórica exige muita prática, o que é fundamental para que o estudante aprenda os conhecimentos necessários para exercer a profissão”, diz o texto.

“É muito importante que os alunos tenham as aulas práticas e experiências de atendimento em hospitais e contato com os pacientes para adquirir o conhecimento necessário, ter uma boa formação e se tornar bons médicos no futuro”, defendeu o presidente do CRM-DF, Farid Buitrago.

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