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Tarifa de ônibus e metrô mais cara no DF a partir de segunda (2/1)

Último reajuste foi autorizado em setembro de 2015 pelo governador Rodrigo Rollemberg. Confira os novos valores

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Situação do transporte público em Brasília. – Brasília(DF), 24/02/2016
1 de 1 Situação do transporte público em Brasília. – Brasília(DF), 24/02/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Os mais de 1,2 milhão de brasilienses que dependem diariamente do transporte público para se locomover podem ir preparando o bolso. As tarifas dos ônibus e do metrô vão ficar mais caras a partir de segunda-feira (2/1). Sobem de R$ 2,25 para R$ 2,50 as linhas circulares internas; de R$ 3 para R$ 3,50 as de ligação curta; e de R$ 4 para R$ 5 as viagens de longa distância e integração e as de metrô.

O reajuste chega a 25%, no caso das passagens do metrô e das linhas de longa distância. O índice está bem acima da inflação acumulada entre setembro de 2015 e novembro deste ano (último porcentual divulgado pelo IBGE). No período, o IPCA brasiliense ficou em 7,69%.

O anúncio do reajuste foi feito nesta sexta-feira (30/12) pela Secretaria de Mobilidade. O DF tem mil linhas de ônibus, operadas por com três mil coletivos de empresas e cooperativas.

Quem usa cartão e comprar créditos até domingo (1º) terá disponível as passagens pelo preço não reajustado por 30 dias. Aqueles que obtiverem o bilhete a partir de segunda, já terão debitados os valores novos.

É a segunda vez que o governo de Rodrigo Rollemberg (PSB) aumenta o valor das tarifas. Depois de ficar quase dez anos sem aumento, as passagens foram reajustadas em setembro de 2015 em até 50%. Somando, os dois reajustes na gestão do socialista chega a 66,67%.

Este ano, o GDF optou por contratar uma consultoria independente para analisar os contratos de concessão vigentes e estabelecer um reequilíbrio do sistema, que teve alta no número de passageiros.

Arte/Metrópoles

 

Alta nos custos
De acordo com a Secretaria de Mobilidade, o reajuste é necessário para acompanhar a elevação de custos do sistema, manter as gratuidades para estudantes e pessoas com deficiência e compensar os quase dez anos de congelamento das tarifas, enquanto outros índices cresciam, como salários e combustível, por exemplo.

O secretário de Mobilidade, Fábio Damasceno, destacou que “o reajuste vem para garantir o nível de gratuidade no sistema, não interferir na parte social, e ajudar no reequilíbrio das contas do governo, pois o subsídio é muito além do que temos disponibilidade de pagar”, explica.

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Secretário da Mobilidade explica o cálculo feito pelo GDF para chegar ao valor do reajuste

 

Subsídio
Quando o usuário passa pela catraca do ônibus, por exemplo, o que ele paga não representa o valor real do bilhete. A passagem custa mais caro, o que é chamado de tarifa técnica, porém, apenas parte dela — a tarifa do consumidor — é repassada aos cidadãos. A diferença é subsidiada com recursos públicos. O orçamento local ainda arca com a gratuidade para idosos, pessoas com deficiência e com o passe livre estudantil.

Em 2014, o governo bancava 16,7% das passagens de transporte público no DF com gratuidades. Esse número subiu para 22% em 2015 e para 27,8% neste ano — valor repassado às empresas de ônibus que integram o sistema do DF, à TCB, às cooperativas e ao Metrô. Em outubro e novembro, o porcentual chegou a 33%, enquanto a média nacional é de 15%.

Segundo o GDF, com o reajuste de 2015 o governo reduziu em 23% o complemento tarifário (diferença entre o preço real da passagem e o repassado ao usuário), quantia bancada pelos cofres públicos. Ainda assim, o Estado gastou cerca de R$ 600 milhões em 2016 com o subsídio ao transporte público.

É necessário reajustar para não estagnar o sistema, buscar um transporte melhor e trazer tecnologia

Fábio Damasceno, secretário de Mobilidade

Licitação questionada
As empresas de ônibus que atuam no Distrito Federal são a Viação Piracicabana, Viação Pioneira, Consórcio HP-ITA, Viação Marechal e Expresso São José.

Em janeiro deste ano, a 1ª Vara de Fazenda Pública do Distrito Federal suspendeu os contratos da licitação do transporte público local e deu prazo de 180 dias para que o GDF fizesse uma nova licitação para a escolha das empresas que operariam o sistema.

O governo recorreu da decisão. Na ocasião, a Justiça entendeu que  “a condução do certame deu-se de forma viciada”. A concorrência foi alvo, inclusive, de uma CPI na Câmara Legislativa.

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