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Rodoviários marcam paralisação de 24 horas para quinta-feira (21/9)

Categoria reivindica reajuste salarial, além de aumento no valor de tíquete-alimentação, cesta básica, plano de saúde e odontológico

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Brasília – onibus – empoderamento feminino e transporte
1 de 1 Brasília – onibus – empoderamento feminino e transporte - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Após reunião de três horas, a direção do Sindicato dos Rodoviários anunciou paralisação de 24 horas nesta quinta-feira (21/9). No domingo (24), a categoria se reúne em assembleia e pode votar greve por tempo indeterminado já a partir de segunda (25). A medida afeta cerca de 850 mil passageiros que dependem do transporte público no DF. “Até lá, esperamos que a proposta melhore. Se não houver acordo, iniciaremos uma greve geral na segunda. Sem previsão de término”, disse o diretor do sindicato Saul Araújo.

Em nota, a direção do sindicato informou que a decisão de paralisar as atividades por 24 horas tem o propósito “pressionar as empresa a apresentarem uma proposta melhor para a categoria”. Segundo a entidade, “após inúmeras negociações, inclusive com a intermediação do TRT, não foi possível chegar a um acordo. As empresas se mantiveram inflexível. A última proposta formulada não contempla a manutenção de benefícios importantes, como é o caso do plano de saúde, cujo reajuste mínimo necessário seria de 15%, mas para o qual, a empresa, no máximo, chegou a um percentual de 13,55%”.

O sindicato também lamentou “a postura intransigente das empresas e a falta de responsabilidade do GDF com o sistema, o que fará com que a população seja penalizada”.

Impasse
A tentativa final de negociação envolvendo rodoviários e empresas de ônibus que atuam no Distrito Federal, nesta segunda (18), terminou sem acerto entre as partes. Na reunião — a quinta realizada como tentativa de resolver o impasse —, o sindicato e a Associação das Empresas de Transporte Público e Coletivo do DF (Transit) debateram a última proposta apresentada pela desembargadora Maria Regina Machado Guimarães.

O acordo prevê 4,75% de reajuste salarial, 5% de aumento no tíquete-alimentação, 5,5% na cesta básica, 13,55% no plano de saúde e 13,55% no plano odontológico.

A proposta foi apresentada em audiência na sexta (15). Os trabalhadores reivindicam reajuste com ganho real sobre a inflação, além de aumento no valor de tíquete-alimentação, cesta básica, plano de saúde e plano odontológico. As empresas, no entanto, alegam não ter condições de arcar com aumento superior ao percentual de reposição da inflação, já concedido à categoria em julho.

A desembargadora abriu prazo de 48 horas para que o sindicato dos rodoviários apresente sua defesa nos processos referentes às empresas — Consórcio HP-Ita, Auto Viação Marechal, Viação Pioneira, Viação Piracicabana e Expresso São José.

Já os empregadores devem se manifestar, também em 48 horas, sobre pedido feito pelos trabalhadores de reconsideração da liminar concedida pela desembargadora em 28 de agosto, que determinava os percentuais de circulação de veículos durante a paralisação ocorrida naquele dia.

A partir de agora, o Ministério Público do Trabalho deve emitir parecer. Em seguida, um novo desembargador relator passará a conduzir o processo até julgamento pela 1ª Seção Especializada do tribunal. Isso não impede que, durante a tramitação do processo, as partes mantenham as negociações. Porém, sem mediação do TRT10.

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