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PM que agrediu dono de bar paga fiança de R$ 10 mil em dinheiro vivo

Fiança tem aproximadamente o mesmo valor que o PM recebe de salário, segundo o Portal da Transparência do Distrito Federal

atualizado

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1 de 1 Print-policial-agride-comerciante - Foto: Reprodução

O policial militar do Distrito Federal que agrediu um comerciante em Formosa, no Entorno, foi preso neste sábado (13/5) e teve de pagar R$ 10 mil em fiança para ser liberado. De acordo com a delegada Fernanda Martins, da 1ª Delegacia Distrital de Polícia de Formosa, o pagamento foi feito em dinheiro. “Aqui só recebemos em dinheiro em espécie”, disse.

Ildeval Machado de Sousa foi flagrado por câmeras de segurança entrando em bar e agredindo o dono do estabelecimento com coronhadas e outros golpes. O caso aconteceu por volta das 13h50 de sexta-feira (12/5). Veja vídeo:

“A pretexto de reagir a ofensas da vítima e ao som alto, o acusado teria adentrado o local e perpetrado agressões físicas contra a vítima”, declarou  a delegada. Segundo ela, Ildeval foi detido e teve o acompanhamento da Corregedoria da Polícia Militar. O PM responderá por violência arbitrária e lesão corporal. A pena pode chegar a 4 anos de prisão.

O valor da fiança é quase o que o PM recebe de salário. De acordo com o Portal da Transparência do Distrito Federal, o salário bruto de Ildeval, que ocupa o cargo de 3º sargento, é de R$ 12.823,47. Veja:

Agressões

Em certo momento da gravação, outras pessoas chegam ao local e tentam apaziguar os ânimos, mas sem sucesso. O policial só solta o comerciante depois, que caminha ensanguentado em direção à rua.

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Do lado de fora, o alvoroço continua. Testemunhas também passam a registrar a ação do PM. Um dos vídeos mostra que, mesmo com a vítima algemada, o militar dá uma rasteira que a faz cair de costas no chão. Outra vez as pessoas tentam interferir na abordagem, mas o policial passa a atacar algumas delas também.

Confira:

Procurada, a Polícia Militar do Distrito Federal informou “que os procedimentos de identificação e apuração, a respeito da conduta do policial, já foram iniciados”.

“A corporação reafirma que não coaduna com desvios de conduta de seus integrantes e todas condutas contrárias à lei e seus regulamentos são apuradas e devidamente penalizadas”, diz nota enviada à reportagem do Metrópoles.

Em nota enviada à reportagem, o escritório Almeida Advogados, que defende o policial, afirma que “as imagens veiculadas pela mídia e redes sociais não retratam a íntegra dos fatos, mas apenas momentos isolados os quais não permitem demonstrar a real dinâmica dos fatos”. O comunicado acrescenta que “tudo se iniciou devido a prática da contravenção penal de perturbação do sossego alheio e posteriormente da prática de crime de desacato por parte do proprietário do estabelecimento”.

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