metropoles.com

TCDF dá cinco dias para GDF explicar contratação de Alcione na virada

Corte de Contas acatou representação do MPC-DF. Valor do cachê da cantora é principal ponto de questionamento

atualizado

Compartilhar notícia

Divulgação/Camarote da BOA
24262050314_331327d355_b
1 de 1 24262050314_331327d355_b - Foto: Divulgação/Camarote da BOA

O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) deferiu liminar e determinou prazo de cinco dias para que a Secretaria de Cultura (Secult) justifique o gasto de R$ 300 mil com a contratação da cantora Alcione para show na festa de Ano-Novo da capital federal. Para se apresentar nesta quarta-feira (20/12), na cidade de Feira de Santana (BA), a artista cobrou cachê bem menor, de R$ 130 mil.

A liminar é fruto de uma representação feita pelo Ministério Público de Contas do Distrito Federal (MPC-DF). Ao analisar o pedido, o TCDF entendeu que, apesar de a contratação por inexigibilidade de licitação ter demonstrado singularidade, consagração pela opinião pública e razão de escolha do cantora, é preciso justificar a razão de a Secult ter aceitado desembolsar acima do dobro do preço pago pela prefeitura da cidade baiana.

O Tribunal de Contas também solicitou informações, no mesmo prazo, sobre a antecipação do pagamento da intérprete, sem justificativa plausível e em desacordo com as disposições normativas vigentes.

A representação do MPC-DF que cobrou explicações sobre o contrato de Alcione foi assinada pelo procurador Marcos Felipe Pinheiro Lima. Para ele, “o valor da contratação, no montante de R$ 300 mil, abriga indícios de violação aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, sobretudo se comparado às recentes contratações realizadas pela artista”.

Show
A contratação de Alcione pela Secretaria de Cultura foi publicada na edição de 11 de dezembro do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). Em 24 de novembro, a Prefeitura de Feira de Santana oficializou a apresentação da Marrom, em divulgação no Diário Oficial Eletrônico do município. A disparidade no cachê, num intervalo de apenas 11 dias, é de 130%.

A discrepância é ainda maior se comparada ao valor que Alcione cobrou para se apresentar na Virada Cultural de São Paulo do ano passado, em maio de 2016. A prefeitura paulistana desembolsou R$ 90 mil.

Na ocasião, a Secult justificou, em nota enviada ao Metrópoles, que “todo artista” aumenta o preço cobrado para se apresentar na virada de ano. Segundo explicação da assessoria de imprensa de Alcione, por e-mail, cachês para shows em festas como Réveillon e Carnaval são diferenciados.

“Ninguém cobra os valores de rotina em eventos desse porte”, complementou. O comunicado destaca, ainda, que a cantora não tem vínculos com o governo e não poderia conceder entrevistas, devido à “correria” em razão da turnê.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?