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Senado Federal aprova reajuste salarial para policiais e bombeiros do DF

A MP nº 971 garantiu a recomposição salarial para policiais militares e civis e bombeiros da capital. Texto foi aprovado na data-limite

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Greve policia civil –  Brasília(DF), 16/08/2016
1 de 1 Greve policia civil – Brasília(DF), 16/08/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O Senado Federal aprovou a Medida Provisória nº 971, de 2020, que prevê a recomposição salarial para policiais civis e militares e bombeiros do Distrito Federal, Amapá, de Rondônia e Roraima. Durante sessão realizada nesta terça-feira (22/9), os parlamentares se posicionaram a favor do relatório elaborado pelo senador Izalci Lucas (PSDB). Com a decisão, os servidores têm a recomposição e não precisam devolver nenhuma parte das verbas que vinham recebendo desde janeiro de 2020.

Apenas o senador Jorginho Mello (PL/SC) votou contra. O texto foi a plenário com acordo de líderes, por isso, não houve votos nominais, apenas simbólicos. O texto agora segue para a promulgação do presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP)

“Essa medida chegou a ser editada em 2019, mas, por questões orçamentárias, precisou ser adiada. Por ser Fundo Constitucional, teve de ser aprovada pelo Congresso Nacional. O meu voto é pelo atendimento de relevância e urgência da medida provisória”, afirmou Izalci Lucas.

A fim de evitar que a matéria retornasse para a Câmara dos Deputados, o relator rejeitou todas as emendas apresentadas na Casa.

Embora os parlamentares do Congresso tenham sugerido 74 emendas à MP, a medida provisória passou sem nenhuma das sugestões feitas ao longo do processo de discussão acerca da recomposição. Essa foi a solução encontrada para que o texto fosse votado a tempo de não caducar. O prazo final para a votação era esta terça-feira (22/9). Assim, houve uma corrida contra o tempo para que não houvesse questionamentos ou possibilidade de reprovação.

Negociações nos bastidores tentam emplacar parte das 74 emendas em projetos de lei à parte, que serão votados em momento posterior.

“Meu relatório foi aprovando o texto que passou na Câmara. Esta terça é a data-limite para aprovação da matéria, e não podemos correr o risco de perder as conquistas que ela traz”, frisou Izalci. Se a Casa quisesse fazer qualquer alteração na MP 971, o risco seria perder a eficácia. Isso acontece quando a medida já tramitou por 120 dias e não foi votada. Para que isso não ocorresse, ela precisava, necessariamente, passar pela apreciação dos senadores.

Para a senadora Leila Barros (PSB-DF), a aprovação da MP 971 é a conclusão de um acordo construído há muito tempo envolvendo os governos federal e Distrital, o Congresso Nacional e os maiores interessados, os policiais civis e militares e os bombeiros do Distrito Federal.

“O último reajuste salarial para as forças segurança do DF foi em 2013. Trata-se portanto de uma correção da defasagem remuneratória que enfrentavam por terem sido preteridos no orçamento dos últimos anos. Por fim, a recomposição não representa aumento de gastos para a União, pois os recursos já estão previstos no FCDF”, disse.

Recomposição

O texto prevê reajuste de 25% na Vantagem Pecuniária Especial (VPE) devida a policiais militares e bombeiros do DF. Na Polícia Civil, o aumento é de 8% linear para todos os cargos.

A medida provisória também corrige em 25% a tabela da VPE devida a PMs e bombeiros da ativa, inativos e pensionistas dos ex-territórios do Amapá, de Rondônia e de Roraima.

Essas carreiras fazem parte de quadro de servidores da União atualmente em extinção. A medida foi autorizada pela Lei nº 14.001, de 2020. A estimativa é de que o impacto da recomposição salarial neste ano fique em pouco mais de R$ 519 milhões.

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