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Sem laboratórios para praticar, alunos de odontologia da UnB temem perder o ano

As atividades práticas estão suspensas desde o ano passado, em função da pandemia de Covid-19

atualizado

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1 de 1 UnB - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Alunos de odontologia da Universidade de Brasília (UnB) se mobilizaram na tentativa de retomar o ensino presencial. Os estudantes, que alegam estresse diante da situação, manifestam preocupação diante da incerteza sobre quando poderão finalizar o curso, tendo em vista que dependem de práticas clínicas e laboratoriais para a conclusão.

As atividades práticas estão suspensas desde 2020. Em 22 de janeiro deste ano, em reunião extraordinária, o Colegiado de Odontologia aprovou a retomada das atividades clínicas para os 9º e 10º semestres.

“É inadmissível que a universidade continue fornecendo condições para que apenas duas turmas consigam dar continuidade ao curso. Além disso, é inviável que a reforma se inicie sem que haja um local definido para que seja possível ter a continuidade da prática clínica enquanto o HUB (Hospital Universitário) é reformado”, salientaram os estudantes em nota coletiva.

Em resposta, o Departamento de Odontologia, a Faculdade de Ciências da Saúde e a Universidade de Brasília ressaltaram que têm se pautado por um retorno “planejado, transparente e seguro”, levando em consideração os números de casos e óbitos da pandemia, a vacinação, o distanciamento social e o aumento de barreiras físicas, normativas e sanitárias, reforçam as entidades.

Para o primeiro semestre de 2021, completou a UnB, estão sendo ofertadas 44 disciplinas, sendo que, dessas, 18 subturmas terão atividades presenciais laboratoriais, de estágio e de clínica, no Hospital Universitário (HUB).

Conforme afirma o departamento, a reforma do Hospital Universitário de Brasília é objeto de demandas sanitárias acumuladas anteriores até mesmo à Covid-19 e “ficaram mais evidentes com o novo marco legal propiciado neste momento de pandemia”.

“Nesse sentido, o colegiado tem se debruçado em buscar espaços de práticas alternativos quando da necessidade de interromper as práticas em uma das clínicas no HUB. Ressaltamos, ainda, que nenhuma ação será realizada de forma abrupta sem o prévio conhecimento da comunidade acadêmica e da população”, informou, em nota.

Leia a manifestação da UnB sobre a reclamação dos estudantes:

“Reforçamos que o curso de odontologia vem seguindo as determinações do Comitê de Coordenação das Ações de Recuperação da UnB (CCAR) e do HUB/EBSERH. O Curso de odontologia vem trabalhando ininterruptamente e com imensa responsabilidade junto com a Faculdade de Ciências da Saúde (FS), uma vez que a odontologia é uma das áreas da saúde mais expostas ao Sars-Cov-2, na qual a exposição dos pacientes, estudantes, técnicos e professores aos fluidos bucais é inerente à prática clínica, e que estes fluidos representam um dos principais meios de propagação da covid-19. Consequentemente, os riscos de contaminação são consideravelmente aumentados durante as atividades práticas-clínicas de ensino de graduação. Associados a isso, os desafios de infraestrutura, o fluxo de pessoas (para manter o distanciamento social) e a garantia de quantitativo de equipamentos de proteção individual (EPIs) são pauta constante das discussões de planejamento para o controle dos riscos de contaminação neste momento de pandemia”.

 

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