Seis processos no MP apuram envolvimento de militares em atos de 8/1

Procuradoria de Justiça Militar em Brasília investiga participação de militares nos atos, bem como envolvimento na fuga de criminosos

atualizado 24/01/2023 15:35

Manifestantes bolsonaristas invadem a Esplanada dos Ministérios e promovem atos de vandalismo e terrorismo em prédios públicos. Na imagem, eles invadem Congresso Nacional e destroem parte inferior do gramado, entrando em confronto com a polícia - Metrópoles Matheus Veloso/Metrópoles

A Procuradoria de Justiça Militar em Brasília tem seis processos em aberto para apurar o envolvimento de militares nos atos terroristas de 8 de janeiro deste ano. Na data, extremistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Conforme o Ministério Público Militar (MPM), as investigações estão divididas da seguinte forma:

  • Quatro processos apuram o envolvimento direto de profissionais das Forças Armadas;
  • Um apura a atuação do Batalhão de Guarda Presidencial (BGP) e do 1º Regimento de Cavalaria de Guarda (1º RCG), que são responsáveis pela segurança do Palácio do Planalto;
  • Um apura uma possível ajuda de militares na fuga de extremistas.

Além destes processos, também foi instaurado procedimento administrativo no âmbito da Procuradoria para obter informações sobre possíveis condutas irregulares de militares durante as invasões.

Ex-comandante da PMDF culpa polícias Judiciária e Legislativa por invasão

Veja imagens das invasões em 8 de janeiro:

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Ex-comandante da PMDF se esquiva

Em depoimento, o ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Fábio Vieira se esquivou de qualquer culpa ou omissão nos atos ocorridos em 8 de janeiro, que levaram à invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes. Durante audiência de custódia, realizada no dia 12 de janeiro, o militar afirmou não ter ideais políticos e não ter facilitado qualquer tipo de atos criminosos. Na oportunidade, o oficial ainda ressaltou que não viu a “atuação” de policiais legislativos e judiciários.

Durante a audiência, que o manteve preso preventivamente, o ex-comandante do PMDF afirmou que, após os manifestantes romperem as grades que protegiam os prédios públicos, não houve ajuda dos demais órgãos. A responsabilidade, neste caso, seria das outras forças de apoio.

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