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Policial preso após trocar dados por cocaína ficará detido por 30 dias

Alexandre Mota foi retido no Aeroporto Internacional de Brasília, ao desembarcar de um voo vindo de Vitória

atualizado

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Alexandre Mota
1 de 1 Alexandre Mota - Foto: Facebook/Reprodução

Preso na noite de quinta-feira (8/2) por envolvimento com uma quadrilha que traficava drogas na Esplanada dos Ministérios, o agente de classe especial da Polícia Civil Alexandre Mota, 41 anos, ficará detido, temporariamente, por 30 dias.

Atualmente, ele está na carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE). No entanto, os investigadores ainda podem pedir que a prisão seja convertida em preventiva. Nesse caso, Alexandre poderá ser transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda.

Mota foi detido por integrantes da corregedoria da corporação no Aeroporto Internacional de Brasília, ao desembarcar de um voo vindo de Vitória (ES). Ele pode responder por associação para o tráfico. A participação do agente especial, a princípio, consistia na utilização do sistema interno da Polícia Civil para verificar informações restritas referentes ao grupo. O envolvimento de outros policiais foi descartado.

Segundo informações, nem mesmo os colegas de trabalho sabiam das atividades paralelas do servidor. Mota também teria se aproveitado do cargo para monitorar possíveis operações contra o tráfico de drogas envolvendo o grupo. O pagamento pelos “serviços”, geralmente, era feito em cocaína, apontam as investigações.

Operação Delivery
O grupo foi desarticulado pela própria PCDF, na terça-feira (6), no âmbito da Operação Delivery. A averiguação, que já resultou em 24 detenções e fez a polícia cortar na própria carne, é da 5ª Delegacia de Polícia (área central de Brasília).

De acordo com a polícia, os acusados vendiam diversos tipos de entorpecentes, como escama de peixe (cocaína pura), haxixe, maconha, merla e LSD. Usavam motocicletas para entregá-los. O material vinha da Bolívia. Os traficantes atuavam somente no Distrito Federal, especialmente para atender a clientela da Esplanada dos Ministérios. Entre os consumidores, havia jornalistas, médicos e servidores públicos, alguns de alto escalão.

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