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Polícia Civil prende cinco pessoas que vendiam carros financiados como quitados

Operação Print Screen foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (11/11). Objetivo, agora, é saber como o grupo conseguia dar baixa no gravame dos veículos

atualizado

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Caroline Bchara/Metrópoles
Documentos PCDF Operação Print Screen
1 de 1 Documentos PCDF Operação Print Screen - Foto: Caroline Bchara/Metrópoles

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (11/11), a Operação Print Screen e prendeu cinco pessoas envolvidas num esquema de fraudes para a venda de veículos financiados. Após quatro meses de investigação, foram expedidos seis mandados de prisão, dois de condução coercitiva e cinco de busca e apreensão. Dois carros foram apreendidos.

Os criminosos compravam carros novos financiados de pessoas endividadas, que não estavam dando conta de pagar as prestações. O grupo pagava o ágio e garantia ao dono do veículo que o débito seria quitado. De alguma forma, os criminosos conseguiam baixar o gravame – espécie de bloqueio no sistema – dos carros financiados.

Michael Melo/Metrópoles
*Michael Melo/Metrópoles**

Depois, a quadrilha vendia o mesmo carro a outra pessoa,pelo valor quitado. Segundo o delegado-chefe Jefferson Lisboa, da Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, à Ordem Tributária e a Fraudes (Corf), o esquema lesava ao mesmo tempo o primeiro dono do veículo, que ficava com a dívida do financiamento para pagar, e quem comprava o carro.

No entanto, ele afirma que ainda não é possível estimar quantas foram as vítimas do golpe. “Algumas pessoas não prestaram queixa, então fica difícil saber. Estamos levantando o lucro obtido pela quadrilha com os golpes”, afirma o delegado.

Lisboa explica que o nome da operação foi dado em virtude das provas apresentadas pelas vítimas. “As pessoas conseguiram comprovar que sofreram com o golpe por conta do print screen tirado das telas dos computadores, que mostrava que os veículos estavam quitados”.

Prisões
Durante a operação, foram presos os dois líderes da quadrilha – Irandir de Brito Machado, de 24 anos, e Lucas Andrade Rocha, de mesma idade – e três executores, que negociavam os veículos com vendedores e compradores – Sheila Maria Ferreira, 25 anos; Gilberto de Araújo Silva, 37; e Erinaldo dos Anjos, 33. O último integrante do grupo, João Carlos Silva, ainda está foragido. Ele era o responsável por fazer o trâmite dos documentos no cartório.

Deles, Sheila, Erinaldo e João Carlos tinham passagens pela polícia. A primeira por favorecimento pessoal e o segundo por furto qualificado. Ele cumpria um regime de liberdade provisória. João Carlos, por sua vez, possui seis passagens por estelionato e outras quatro por ameaça.

Caroline Bchara/Metrópoles
*Caroline Bchara/Metrópoles**

 

Os envolvidos foram indiciados por estelionato, falsidade ideológica e organização criminosa. A pena pode chegar a 18 anos de reclusão. A polícia não descarta a possibilidade de algum funcionário do banco estar envolvido com o grupo.

Segundo o delegado, esta é apenas a primeira fase da operação. Agora, o objetivo será descobrir como o grupo conseguia dar baixa no gravame para vender os veículos como quitados. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Ceilândia, Taguatinga e Santo Antônio do Descoberto (GO).

 

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