PCDF pagará R$ 9 milhões pela compra de 5 mil pistolas Glock
De acordo com a corporação, os armamentos servirão para ajudar agentes e delegados no enfrentamento da criminalidade
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal vai comprar 5 mil pistolas da marca austríaca Glock, por US$ 2,125 milhões, cerca de R$ 9 milhões. No pregão eletrônico para aquisição dos equipamentos, a empresa Glock América S.A sagrou-se vencedora e será a fornecedora do material.
De acordo com a PCDF, a compra dos armamentos tem por objetivo investir em uma polícia bem preparada, técnica e tecnologicamente pronta para dar resposta ao crime. Os 5 mil kits são compostos pelos seguintes itens: pistola 9 mm semiautomática nova de primeiro uso, acompanhada de seu respectivo carregador e três carregadores sobressalentes.
A compra feita pela PCDF também englobará um coldre velado e um ostensivo, além de porta-carregador duplo; conjunto de manutenção/limpeza; maleta de transporte individual da pistola; e manual de instruções em português brasileiro, conforme especificações e condições estabelecidas no termo de referência constante do Anexo I do Edital.
Em maio de 2018, o Ministério Público do DF e Territórios ajuizou ações civil pública e criminal contra a empresa Forjas Taurus S/A, que forneceu armas de fogo para a Polícia Civil brasiliense. O material comprado, segundo denúncias, apresentava risco de disparos acidentais no caso de queda ao chão. Por conta dos problemas, o MPDFT pediu pagamento de indenização de R$ 11.656.223,90 por dano moral e recomendou à corporação que recolhesse as armas adquiridas pela PCDF em 2014.
Armas recolhidas
Além disso, o MP cobrou a responsabilização criminal de seis executivos da empresa. Eles foram denunciados por crimes contra as relações de consumo, previstos na Lei nº 8.137/90, como comercializar produtos em condições impróprias e induzir o consumidor a erro.
A ação, que está em fase de alegações finais, partiu do Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (NCAP) em conjunto com a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep).
O MPDFT teve acesso a vários relatos de panes durante o uso, inclusive a respeito de situações que ocasionaram lesões nos policiais. O contrato firmado entre a Taurus e a PCDF estabelecia que as armas deveriam ter mecanismo contra disparos acidentais, mas foi constatado que esse dispositivo não existia ou não funcionava adequadamente.