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Líder de invasão no Parque Nacional foi candidata a deputada distrital

Maria Jaci tentou vaga na CLDF em 2014. Ela é apontada como uma das chefes da quadrilha de grileiros que agia na Estrutural

atualizado

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PCDF/Divulgação
PCDF prende grileiros que invadiam área perto do Parque Nacional
1 de 1 PCDF prende grileiros que invadiam área perto do Parque Nacional - Foto: PCDF/Divulgação

A ex-candidata a deputada distrital Maria Jaci Cardoso Farias (PT do B) era uma das lideranças do grupo criminoso acusado de grilar terras em uma área de proteção ambiental localizada no Parque Nacional de Brasília, próximo à Cidade Estrutural. A informação é da delegada-chefe adjunta da Delegacia Especial de Meio Ambiente e à Ordem Urbanística (Dema), Mariana Almeida. A unidade prendeu, nesta quinta-feira (27/06/2019), a quadrilha que invadiu terrenos públicos.

Segundo a delegada, Maria Jaci, que concorreu nas eleições de 2014 mas não foi eleita, cobrava mensalmente taxas de R$ 350 dos moradores e dizia que o dinheiro seria destinado ao pagamento de advogados em ações em prol da regularização dos terrenos. No entanto, o dinheiro era embolsado pela quadrilha.

Maria Jaci e os demais investigados também cobravam pagamento pelo fornecimento ilegal de luz e energia. Quem se recusava a pagar, era expulso da invasão. Ela já era alvo de investigações anteriores da Polícia Civil do DF. De acordo com a delegada, a ex-candidata também é acusada de organizar uma ocupação irregular de cinco hectares de trecho do Incra Norte.

A delegada Mariana Almeida disse, ainda, que as expansões promovidas e organizadas pelos grileiros provocaram “danos ambientais imensuráveis”. “Dois mananciais da Caesb foram contaminados pela ação criminosa. O furto de água, segundo a companhia nos informou, ocasionou queda na pressão d’água, impactando o fornecimento de 80% das unidades consumidoras na região.”

O grupo também é acusado de planejar manifestações pela regularização do terreno. A última delas teria ocorrido em trecho da via Estrutural em março deste ano. Na oportunidade, as lideranças teriam convencido os moradores a montar barricadas e atear fogo a pneus.

“Quando ocorriam as ações de derrubadas, cabia a esses líderes convencer os moradores a retornarem ao local para reerguerem os barracos. O objetivo era lucrar com uma possível regularização do terreno, fora as taxas de água e luz que já cobravam dos residentes”, acrescentou a delegada.

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Entre janeiro e dezembro do ano passado, a quadrilha convenceu 500 famílias a se mudarem para a invasão, segundo apurou a Dema. De acordo com os investigadores, o grupo tinha a intenção de expandir a invasão, conhecida como Setor de Chácaras Santa Luzia, na Estrutural, e avançava sobre a Floresta Nacional de Brasília, onde está situada a Água Mineral.

Para expulsar as famílias devedoras, os grileiros ameaçavam os moradores com facões e cortavam o fornecimento de água e energia elétrica. Os investigados foram presos temporariamente e responderão pelos crimes de organização criminosa, extorsão, danos ambientais, parcelamento irregular do solo e pelos furtos de água e de luz. Somadas as penas, cada suspeito pode pegar até 30 anos de prisão.

As diligências da Dema contaram com o apoio de informações repassadas pela 8ª Delegacia de Polícia (SIA), onde foram registradas diversas ocorrências relacionadas à invasão.

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