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Despedida de Louise é marcada pela tristeza de familiares e amigos

Pai afirma que garota morta na Universidade de Brasília era uma pessoa excepcional. Amigos pedem por segurança e justiça

atualizado

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Foto: Gabriel Ramos/ Metrópoles
enterro louise
1 de 1 enterro louise - Foto: Foto: Gabriel Ramos/ Metrópoles

Como esperado, a despedida da jovem Louise Ribeiro foi marcada pela dor de familiares e amigos. O enterro aconteceu às 17h deste sábado (12/3), no cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul.

Durante toda a tarde, amigos de infância, colegas de faculdade, parentes e pessoas próximas da família chegaram ao local. Nem mesmo a chuva afastou as pessoas que encheram a capela para prestar homenagens e oferecer condolências aos pais e irmãs de Louise.

O pai da jovem, ainda abalado, comentou em tom sóbrio as lembranças da filha. “Ela era uma garota excepcional. Alegre, com muitos amigos, apaixonada pelo que fazia. Amava tartarugas e pretendia se especializar em biologia marinha”, contou Ronald Ribeiro.

Tenente do Exército, Ribeiro agradeceu o apoio das forças armadas e de segurança. “Agradeço aqui o as Polícias Civil e Militar que tão rapidamente esclareceram o caso”. O comandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, esteve no local para a solenidade.

Indignação
Muitos amigos da vítima e da família traziam também o sentimento de indignação com a morte de Louise. “Meu coração ficou despedaçado. Tenho filhos dessa idade e não tenho palavras para mensurar a tristeza desse momento. A sociedade não tem mais parâmetro”, desabafou a advogada Marcela Aguiar, amiga dos familiares.

Os pedidos por justiça foram enfatizados pelo pai da jovem. “Esperamos que a Justiça cobre explicações. Que ele explique porque fez isso”.

Estudantes da Universidade de Brasília planejam atos em homenagem à Louise durante a próxima semana, com o intuito de reivindicar medidas de segurança para a universidade.

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Caso
A estudante Louise Ribeiro, 20 anos, foi morta na quinta-feira (10) pelo colega de faculdade Vinícius Neres, 19 anos, em um laboratório de Biologia da Universidade de Brasília (UnB). O rapaz era obcecado pela jovem e por várias vezes tentou iniciar um relacionamento com ela. Porém, segundo pessoas próximas, ela sempre negou.

No dia do crime, ele convidou Louise para o laboratório. No local, usou clorofórmio para desmaiar e depois asfixiar a jovem. Neres ainda levou o corpo para um matagal no Setor de Clubes Esportivos Norte.

Desconfiados do desaparecimento da filha, os pais de Louise logo acionaram a polícia. Na sexta-feira (11/3), os militares interceptaram Neres, que confessou o assassinato e levou os agentes ao lugar onde deixara o corpo. O jovem está preso de forma preventiva.

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