Vacinação antirrábica em Brasília bate recorde

Meta da Secretaria de Saúde é vacinar mais de 270 animais. Próxima etapa da área urbana é no sábado (17/9)

Agência Brasília
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O primeiro dia da campanha de vacinação antirrábica na área urbana de Brasília, no sábado (10/9), imunizou 75.917 cães e gatos, o melhor resultado dos últimos 13 anos. A Secretaria de Saúde vai manter a mobilização para a segunda etapa, no sábado (17). Os postos vão funcionar das 9h às 17h e atenderão em Brazlândia, em Ceilândia, na Estrutural, no Gama, no Guará, no Recanto das Emas, no Riacho Fundo I e II, em Samambaia, em Santa Maria e em Taguatinga.

Em agosto, a cobertura foi na área rural e também registrou recorde, com mais de 32 mil aplicações. Para o médico veterinário Laurício Monteiro da Cruz, da Vigilância Ambiental em Saúde, esses números são resultado da divulgação intensiva da campanha e de parcerias institucionais.

Somadas as etapas rural e urbana, o governo de Brasília pretende vacinar mais de 270 mil cães e gatos acima de 3 meses, mesmo que estejam prenhes ou amamentando. “Os animais devem ser levados por pessoas adultas, sempre conduzidos na guia, com focinheira no caso dos mais agressivos, ou em caixa de transporte apropriada”, orienta o veterinário.

Para a vacinação antirrábica deste ano, a Secretaria de Saúde conta com o apoio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), das Forças Armadas, da Universidade de Brasília (UnB) e de universidades e faculdades particulares.

Transmissão da raiva para o ser humano
A raiva é causada pelo lyssavírus e ataca o sistema nervoso dos mamíferos — primeiramente, o periférico e, na fase mais grave da doença, o central. A transmissão se dá por meio da saliva e de secreções do animal infectado, principalmente por arranhadura ou mordedura.

Os cães e gatos e os mamíferos silvestres, como morcegos e raposas, são considerados de alto risco. A capital federal teve os últimos casos de raiva registrados em cães e gatos em 2000 e 2001, respectivamente.

O que fazer em caso de mordida de animais domésticos
Estima-se que, anualmente, a rede pública de saúde do DF atenda 15 mil vítimas de agressão de animais domésticos. A orientação do veterinário Laurício Monteiro é que a pessoa mordida lave imediatamente o ferimento com água e sabão em barra, procure o centro de saúde mais próximo e comunique a situação por meio do Disque Saúde (160).

O animal com suspeita de raiva deverá ficar em observação por dez dias, em local seguro, recebendo água e comida normalmente.

Em seres humanos, o tempo entre a infecção e o aparecimento da doença varia de 7 a 10 dias. Alguns dos sintomas são convulsão, febre baixa, perda de função muscular, excitabilidade, agitação e ansiedade.

Veja a lista de postos do dia 17.

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