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Surto de caxumba atinge alunos do UDF. Oito casos já foram confirmados

Cinco ocorrências foram relatadas nas duas últimas semanas e outras três até esta quarta-feira (08/05/2019)

atualizado

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Divulgação
caxumba
1 de 1 caxumba - Foto: Divulgação

Estudantes do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF) precisaram ser vacinados após surto de caxumba no local. De acordo com a instituição de ensino, ao menos oito pessoas tiveram casos confirmados da doença: cinco ocorrências foram relatadas nas duas últimas semanas e outras três até esta quarta-feira (08/05/2019). Os alunos são dos cursos de direito e pedagogia.

Em nota, o UDF afirmou ter entrado em contato com a Vigilância Epidemiológica a fim de realizar campanha de vacinação e orientação para a atualização da carteira de vacina dos alunos nos postos de saúde da região. As aulas no local não foram suspensas.

Os casos de caxumba registrados no Distrito Federal em 2019 já são mais da metade das ocorrências computadas em todo o ano de 2018. No ano passado, a Subsecretaria de Vigilância à Saúde fez 785 notificações. Nos quatro primeiros meses deste ano, foram 457 ocorrências. As informações são da Secretaria de Saúde do DF.

De acordo com a pasta, para decretar surto da doença é preciso que ocorram dois ou mais casos no mesmo ambiente. No caso do UDF, a secretaria não recebeu as notificações. “Na ocorrência de surto, é recomendado atualizar a situação vacinal, com a vacina tríplice viral, para quem manteve contato direto com pessoas doentes, conforme o Calendário Nacional de Vacinação”, alerta a secretaria.

Outros casos
Na última semana, o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) suspendeu as aulas após cinco alunos contraírem caxumba em uma turma de graduação. Os estudantes ficaram afastados das salas de aula durante a segunda e a terça-feiras (29 e 30/04/2019). Em nota, o instituto informou ter adotado, “em conjunto com as autoridades competentes, todas as medidas cabíveis para garantir o bem-estar e a saúde de estudantes, professores e colaboradores”.

Em 12 de abril, parte do prédio da Caixa Econômica Federal, localizado na 512 Norte, precisou ser isolado depois que funcionários da instituição também foram diagnosticados com caxumba. De acordo com servidores do banco, pelo menos 15 pessoas teriam contraído a doença. O prédio foi isolado e só quem trabalhava no térreo teve autorização para entrar pela porta principal. Os demais só podiam acessar o edifício pelo subsolo.

Transmissão
A caxumba (paroditite infecciosa) é uma doença viral aguda e contagiosa, de transmissão respiratória, causada pelo vírus Paramyxovirus. O contágio se dá por meio do contato com gotículas da saliva de pessoas infectadas.

Na maioria das vezes, a doença produz sintomas discretos ou que nem mesmo aparecem. As manifestações mais comuns, quando ocorrem, são febre, calafrios, dores de cabeça, musculares, ao mastigar ou engolir, além de fraqueza. Uma das principais características da caxumba é o aumento das glândulas salivares próximas aos ouvidos, que fazem o rosto inchar.

A incubação da doença varia de 12 a 25 dias, sendo, em média, 16 a 18 dias. Já o período de transmissibilidade da doença varia entre seis e sete dias antes das manifestações clínicas, até nove dias após o surgimento dos sintomas.

Na situação de notificação de casos aglomerados, os pacientes precisam ficar isolados por um período de 10 dias e deve ser avaliada a caderneta de vacinação de todos os que tiveram contato com eles. Por não existir tratamento específico para a doença, a melhor forma de combate continua sendo a vacinação ainda quando criança.

Vacinação e prevenção
Na rede pública de saúde, a vacina tríplice viral (caxumba, sarampo e rubéola), aplicada aos 12 meses de vida, e a tetra viral (caxumba, sarampo, rubéola e varicela), aplicada aos 15 meses de vida, protegem contra a doença. Para crianças e adolescentes de até 19 anos, que não foram vacinadas anteriormente, são ministradas duas doses da vacina tríplice viral.

Para pessoas com idade entre 20 e 49 anos que não foram vacinadas anteriormente, é necessária apenas uma dose da vacina. Se a pessoa já tiver duas dessa vacina, não é necessário tomar mais nenhuma.

As medidas que evitam a transmissão da caxumba e de outras doenças respiratórias devem ser utilizadas sempre, mesmo que o indivíduo tenha recebido a vacina contra a caxumba, são elas: frequente lavagem e higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento; utilizar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca.

Além disso, é recomendado higienizar as mãos após tossir ou espirrar; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os ambientes bem-ventilados; e evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de caxumba. (Com informações da Secretaria de Saúde)

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