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MPDFT constata falta de oxigênio, monitor cardíaco e algodão em UPAs

Porta-voz da Operação Diagnose, deflagrada nesta terça-feira (20/11), Clayton Germano contou que relatório será encaminhado ao GDF

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
UPA Recanto das Emas
1 de 1 UPA Recanto das Emas - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A inspeção do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) nas seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital da República constatou aquilo que a população tem presenciado no dia a dia: faltam suprimentos, equipamentos e não há médicos suficientes.

O porta-voz da Operação Diagnose e titular da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus), promotor Clayton Germano, contou que o relatório será consolidado e encaminhado à Secretaria de Saúde até dezembro. O assunto também pode ser apresentado à equipe de transição do governador eleito Ibaneis Rocha (MDB).

Os profissionais do MPDFT verificaram, durante a fiscalização desta terça-feira (20/11), a ausência de algodão, roupa hospitalar, oxigênio e falta de vedação na sala de raio-X, por exemplo. Germano destaca que também estão em falta monitores cardíacos, importantes para acompanhar a situação dos pacientes nas salas vermelhas, locais onde ficam os casos mais graves.

Além disso, há problemas físicos, como infiltração em banheiros. O promotor alertou para a internação irregular de pacientes nas unidades. “Tem um isolamento improvisado. Isso não está correto”, frisou.

As UPAs também têm um número reduzido de médicos, segundo Clayton Germano. O promotor informou que a questão dos recursos humanos será averiguada atentamente. “A gente pretende analisar com mais cuidado para saber se isso se deve porque eles não querem ficar lotados nas UPAs ou por que falta médico na rede”, explicou.

Inspeção in loco
Os promotores visitaram todas as seis UPAs do Distrito Federal: em Ceilândia, no Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, em Samambaia, São Sebastião e Sobradinho.

Na unidade do Recanto das Emas, o MPDFT encontrou só um dos oito consultórios médicos em funcionamento. “Dos oito, porque só um funciona? Tem algo errado. Se tem estrutura para funcionar, o que está acontecendo com os recursos humanos?”, reforçou Germano.

O titular da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde acredita que é possível oferecer saúde de melhor qualidade no DF. “A população não está sendo assistida da maneira como deveria. Temos condições de fazer melhor”, afirmou.

A operação foi motivada por queixas da população encaminhadas ao órgão. As UPAs funcionam como uma espécie de porta de entrada para o atendimento público. A inspeção visava constatar condições de trabalho, como estrutura física, equipamentos, disponibilidade de medicamentos e insumos. Além disso, foi verificada a frequência dos profissionais lotados nas unidades.

A iniciativa da operação é da Prosus e das Promotorias Regionais de Defesa dos Direitos Difusos (Proreg). Integraram a equipe de averiguação 12 promotores de Justiça, além de peritos, médicos, analistas processuais e técnicos de segurança.

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