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Ex-ouvidor do GDF indiciado por extorsão fica em silêncio na CPI

Valdecir Marques estava amparado por um habeas corpus e não respondeu às perguntas dos deputados distritais

atualizado

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Suzano Almeida/Metrópoles
valdecir marques, CPI da Saúde
1 de 1 valdecir marques, CPI da Saúde - Foto: Suzano Almeida/Metrópoles

Um dos depoimentos mais esperados da CPI da Saúde, na Câmara Legislativa, acabou em silêncio nesta quinta-feira (17/11). Amparado por um habeas corpus expedido pela Justiça, o ex-ouvidor da Vice-Governadoria Valdecir Marques não respondeu aos questionamentos dos deputados distritais sobre um suposto esquema de propina no Governo do DF.

Na casa de Valdecir, em Águas Claras, foi gravada uma polêmica conversa entre a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, e o vice-governador Renato Santana (PSD). Em um dos trechos, o número dois do Palácio do Buriti reclama não ter espaço algum na gestão do Distrito Federal e revela conhecer o esquema de propina, que teria comissão de 10%.

De acordo com a Justiça, na convocação de Valdecir não foi especificada a sua condição na CPI, ou seja, se seria testemunha ou convidado.

O ex-ouvidor também é ligado ao SindSaúde, de onde está licenciado. Durante sua passagem pelo GDF, segundo a Polícia Civil, teria intermediado um “acordo” com pagamento de propina para liberação de recursos do sindicato. Por isso, acabou indiciado por extorsão.

Outro depoimento previsto era de Marcelo Pereira da Silva, que não foi localizado pela CPI. Conhecido por Marcelo Radical, ele teria sido denunciado por um grupo de empresários por prometer “agilizar” pagamentos de dívidas pendentes de 2014 pela organização de eventos organizados pelo GDF.

Prorrogação
Os deputados não votaram o requerimento que pedia a prorrogação por mais 90 dias dos trabalhos da CPI da Saúde. O motivo seria a ausência do relator da comissão, o distrital Lira (PHS), que precisou deixar a sessão para socorrer um familiar que teria passado mal. O prazo para encerramento dos trabalhos termina no próximo dia 26.

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