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Jornalista confirma que ajudou a cobrar apuração de grampos na Saúde

Ex-assessor do GDF, Caio Barbieri prestou depoimento nesta quarta-feira (17/8) à CPI, na Câmara Legislativa, sobre denúncias de propina e extorsão com a participação de servidores do GDF

atualizado

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rafaela Felicciano/Metrópoles
caio barbieri, cpi da saúde
1 de 1 caio barbieri, cpi da saúde - Foto: rafaela Felicciano/Metrópoles

O jornalista Caio Barbieri, um dos interlocutores nas conversas gravadas pela presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, denunciando suposto esquema de pagamento de propinas dentro do GDF, foi ouvido nesta quarta-feira (17/8) na CPI da Saúde, na Câmara Legislativa. O ex-assessor do GDF confirmou ter conhecimento da participação de autoridades nas supostas irregularidades, mas não quis citar nomes durante o depoimento aberto. Diante do pedido, a reunião da comissão continuou a portas fechadas.

Caio Barbieri também deixou para responder na “reunião reservada” se tinha informações sobre denúncia apresentada pelo ex-subsecretário de que houve destinação de recursos do suposto “esquema” para aplicação da reforma na residência oficial do governador Rodrigo Rollemberg.

Durante a oitiva aberta, Barbieri contou que em novembro de 2015, quando era assessor da Casa Civil, ficou sabendo que integrantes do governo estariam tentando extorquir a presidente do SindSaúde, ameaçando descredenciar a entidade do sistema de empréstimos consignados dos servidores do GDF. Ele afirmou que levou o caso ao conhecimento do secretário-chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, e, posteriormente, ao diretor-geral da Polícia Civil, Eric Seba.

Caio Barbieri disse que desde antes dos vazamentos dos áudios, o Ministério Público do Distrito Federal e Território (MPDFT) sabia do caso. Segundo o jornalista, os contatos com o MPDFT eram feito por meio da Defensoria Pública.

Lotado na Casa Civil entre agosto de 2015 e janeiro de 2016, Caio Barbieri disse que sua exoneração foi precedida de um isolamento dentro da pasta. Segundo ele, estava entre suas atribuições o planejamento estratégico da comunicação do órgão, mas ele acabou designado apenas para responder demandas da imprensa.

Quanto à exoneração após o vazamento dos áudios, o jornalista disse que a secretária de Esporte, Lazer e Turismo Leila Barros, não foi informada sobre sua demissão, mas que ele não acredita que o ato tenha partido diretamente do governador Rodrigo Rollemebrg (PSB).

Nas gravações, Barbieri afirmava que Seba e Sampaio acabariam sendo acusados de prevaricação, por não terem atuado contra a extorsão na época. Coincidentemente ou não, na mesma hora em que ele prestava depoimento à comissão, promotores e agentes da Polícia Civil cumpriam mandados de busca e apreensão no Palácio do Buriti em busca de provas que confirmassem a extorsão.

Propina
Em uma das gravações que abriram um talho de crise no governo, Caio Barbieri é partícipe. Está presente no áudio coletado pela presidente do SindSaúde com o ex-subsecretário de Logística e Infraestrutura da Secretaria de Saúde Marco Antônio Júnior. No episódio, Barbieri é quem provoca o ex-servidor a falar o que, supostamente, sabe sobre o esquema de propinas. Entre as revelações, Marco Júnior faz menção ao “organograma da corrupção”, agora objeto de investigação do MP e da CPI da Saúde.

Em um dos trechos da conversa de Marli com Marco Júnior, Barbieri fala de uma suposta reforma feita pela primeira-dama, Márcia Rollemberg, na casa da família, que teria custado R$ 800 mil. Marco Júnior, no entanto, demonstra não ter conhecimento do assunto.

Questionado pelo deputado Wasny de Roure (PT) sobre a citação dos deputados Cristiano Araújo (PSD) e Robério Negreiros (PSDB) nos áudios, o jornalista disse que, a exemplo do que ocorreu com Marli Rodrigues, falaria em sessão reservada.

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