Casos de HIV aumentam entre jovens de 15 a 19 anos no Distrito Federal

Variação contida no último boletim epidemiológico chega a 700%, saltando de seis para 40 caso

Da Redação
Compartilhar notícia

A notificação de casos de infecção pelo HIV está aumentando na faixa etária entre 15 e 19 anos. De 2009 a 2014 a variação chegou a quase 700%, saltando de seis para 40 casos. As informações, contidas no último Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde do DF (SES/DF), fazem com que a preocupação com a prevenção continue fazendo parte da lista de prioridades da SES/DF não só no Carnaval, como em todas as épocas do ano.

E essa questão não envolve somente a Aids, como todas as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Elas são tratadas em todas as unidades básicas de saúde do Distrito Federal. Anualmente, a pasta recebe do Ministério da Saúde 15 milhões de preservativos masculinos, 400 mil preservativos femininos e gel lubrificante, disponíveis para a população.

A campanha de conscientização desse ano trabalha com o conceito “Não importa qual sua fantasia, use sempre camisinha”, a fim de demostrar a ênfase na prevenção. O objetivo da ação tem quatro metas principais: a prevenção, a testagem, o tratamento e profilaxia pós-exposição (PEP).

“Enfatizamos o uso da camisinha como prevenção primária, no entanto, estimulamos as pessoas que busquem a testagem e, caso necessitem, depois de uma situação de risco, busquem orientação numa unidade de saúde para avaliar a necessidade de realizar o PEP”, ressaltou o gerente de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids da pasta, Sérgio D’Ávila.

De acordo com o profissional, após uma situação de risco, o indicado é buscar orientação numa unidade de saúde para fazer o teste. No mesmo local, o profissional avalia a necessidade de realizar a profilaxia pós-exposição, que é um tratamento com antirretroviral por 30 dias (mais acompanhamento por 3 meses) caso tenha tido uma situação confirmada de risco.

Sérgio D’Ávila lembra, ainda, que deve ser verificado se a última situação de risco para infecção ocorreu a pelo menos 30 dias, pois do contrário o resultado pode ser um falso negativo, já que ainda não existem anticorpos no sangue para detecção.

A realização de testagem para o HIV é um direito dos usuários do SUS. Existem metodologias tanto por meio de coleta para exame sorológico (que pode levar alguns dias) como por testagem rápida, que produz o resultado em cerca de 30 minutos. Em caso positivo para HIV (reagente) a pessoa será encaminhada para um dos serviços de referência (anexo) para início de tratamento conforme o preconizado pelo Ministério da Saúde.

DST
Quando a pessoa acha que passou por alguma situação de risco, a secretaria orienta que procure o posto de saúde mais próximo e se informe sobre a disponibilidade de atendimento. Para isso, existe o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), na rodoviária do Plano Piloto, que realiza teste rápido tanto para o HIV como sífilis e hepatites B e C.

Dados
De acordo com o gerente, existem 10 mil pessoas com HIV/Aids em tratamento no DF. Houve incremento da Vigilância Epidemiológica, principalmente pelo aumento da detecção precoce de portadores do HIV, por meio de ações de testagem. Isso contribuiu, somente em 2015, para inclusão de cerca de 800 novos pacientes em tratamento.

Com informações da Secretaria de Saúde

Compartilhar notícia
Sair da versão mobile