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Reajuste em passagens do Entorno provoca protesto; veja novos valores

Governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), comentou, nas redes sociais, que irá pedir a suspensão da medida

atualizado

Reprodução/Redes sociais
Fila de carros parado em trecho da BR 020. Uma linha de pneus queimados bloqueia a estrada. Foto colorida

Desde as primeiras horas da manhã, desta segunda-feira (5/12), passageiros que viriam de Planaltina de Goiás, no Entorno, para o Distrito Federal, encontraram um trecho da rodovia GO 534 bloqueado com pneus queimados e galhos de árvore em protesto contra o reajuste de 25,1% das tarifas do transporte interestadual semiurbano.

Segundo a Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO), o bloqueio parcial em um dos sentidos da via encerrou-se, por volta das 12h40, e o trânsito flui normalmente na rodovia.

O aumento anunciado pela Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) afeta passagens das empresas — sob gestão, regulação e fiscalização do Executivo local desde julho de 2021 — que operam nessa área e de passageiros da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride). A mudança entrou em vigor desde 0h do último domingo (4/12).

Tarifa de transporte do Entorno tem reajuste de 25%; entenda mudanças

Veja trecho dos protestos:

Confira os novos valores

Viagens para o Plano Piloto

  • Da Cidade Ocidental (GO) — R$ 7,50
  • De Luziânia (GO) — R$ 9,25
  • De Planaltina (GO) — R$ 9,80
  • De Santo Antônio do Descoberto (GO) — R$ 9,15
  • De Valparaíso (GO) — R$ 6,75

Nesse domingo (4/12), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), comentou sobre o reajuste das tarifas nas redes sociais. A Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (PGE-GO) acionou, ainda na noite de domingo, o Supremo Tribunal Federal (STF) a fim de pedir a suspensão imediata da medida. Segundo o chefe do Executivo goiano, mais de 175 mil passageiros serão penalizados. Veja:

Demanda

A Secretaria de Mobilidade (Semob) informou, na última sexta (2/12), que o reajuste ocorre após 21 meses sem mudanças nos preços, e que a variação de 25,1% afeta empresas que atuam com autorização especial. No caso da Taguatur, a empresa opera com contrato de permissão com regras específicas de reajuste.

“O serviço de transporte semiurbano abrange mais de 400 linhas de ônibus que fazem a ligação entre o Distrito Federal e as cidades do Entorno. O serviço responde pelo transporte diário de cerca de 175 mil passageiros”, destaca a pasta.

A secretaria acrescentou que a correção ocorreu só depois de o GDF “conhecer a realidade do serviço”, após assumir a gestão sobre o transporte do Entorno. “Estudos técnicos desenvolvidos pela Semob concluíram que o reajuste das passagens é necessário para evitar o colapso do transporte”, afirma.

“O sistema é bancado somente pelos valores pagos pelos usuários, e as tarifas estão há quase dois anos (21 meses) sem reajustes. Nesse período, o custo operacional aumentou, conforme demonstram as planilhas de despesas das operadoras (diesel, pneus, peças, manutenção, despesas com pessoal etc.). Desde dezembro de 2020, o preço do combustível aumentou mais de 85%, por exemplo”, calcula a Semob.

Outro lado

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Mobilidade do DF (Semob) e a Amazônia Inter, uma das empresas que realiza o transporte entre o Entorno e o DF, mas não obteve respostas. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.






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