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Professor diz ter ouvido de aluno: “Aqui no Varjão, a coisa é na bala”

Estudante teria se irritado com resposta de educador e feito a ameaça. Ele nega e acusa o servidor de tê-lo chamado para briga

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
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1 de 1 concurso, professor, escola, sala de aula - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Mais dois episódios de violência foram registrados em escolas públicas do Distrito Federal. Desta vez, uma discussão entre aluno e professor na Escola Classe do Varjão, na noite dessa quinta-feira (13/9), acabou na delegacia. O rapaz teria se irritado com a resposta do educador, após entrar na sala e pedir uma extensão elétrica, e dito: “Aqui no Varjão, a coisa se resolve na bala”.

O professor se sentiu ameaçado e chamou a Polícia Militar. Na escola, o aluno se defendeu. Disse que ele é quem foi desrespeitado pelo educador. O homem o teria chamado para resolver o problema fora do colégio, na briga. Ambos foram encaminhados para a 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá).

Também na noite dessa quinta (13), uma briga entre dois alunos de 16 anos, do Centro de Ensino Fundamental (CEF 5), no Paranoá, foi parar na DCA. A PMDF foi chamado por volta das 18h pela coordenação do estabelecimento de ensino para intervir na confusão.

Quando os policiais chegaram ao endereço, um dos alunos disse que havia levado um soco no olho e chutes na perna, e que já tinha sofrido agressões verbais por parte do colega de sala em outras ocasiões. Diante das informações, os estudantes e o coordenador do colégio foram levados para DCA, onde a ocorrência foi registrada.

As situações não são atípicas. De acordo com levantamento do Sindicato dos Professores (Sinpro), 97,15% dos educadores da rede pública já presenciaram atos de violência dentro dos centros de ensino.

Entre os docentes ouvidos pelo Sinpro, quase a totalidade disse ter visto episódios de agressão e ameaça entre os alunos; e 57,98% foram vítimas da violência. Um dos casos mais recentes ocorreu no Centro de Ensino Fundamental 507, em Samambaia, quando um aluno de 16 anos tentou dar um soco no vice-diretor do colégio, Alex Cruz Brasil, 45 anos.

O adolescente havia sido suspenso por jogar melão em colegas, na semana anterior, e foi barrado na entrada ao tentar acessar a sala de aula na segunda-feira (10). De acordo com Alex, o estudante ficou revoltado, partiu para cima dele, tentou desferir um soco em seu rosto, mas atingiu o ombro. O adolescente, então, puxou um canivete automático e ameaçou furar o educador.

Na última semana, dois adolescentes, um de 16 e outro de 17 anos, foram apreendidos na porta do Centro Educacional 6, no Gama. Eles começaram a brigar na saída do turno. A PM foi chamada e, ao abordá-los, encontrou 15 pedras de crack. À polícia, eles disseram que eram estudantes do colégio e confirmaram que estavam no local para comercializar a droga.

Já em 28 de agosto deste ano, um aluno de 13 anos do Centro de Ensino Fundamental 19, na QNN 18/20, em Ceilândia, esfaqueou um colega de 15 anos durante briga na hora do intervalo, em pleno pátio. A vítima ficou ferida no abdômen e no pescoço.

Patrulhamento e ações pedagógicas
Em nota, a Secretaria de Educação disse promover projetos pedagógicos ao longo do ano como “forma de prevenir e combater a violência”. “A pasta ainda trabalha em parceria com o Batalhão Escolar da Polícia Militar, que mantém ações educativas dentro das unidades escolares por meio do programa Viva Brasília nas Escolas”.

Já o Batalhão Escolar da Polícia Militar do Distrito Federal informou patrulhar com rondas o perímetro dos centros de ensino num raio de 100 metros. “Implantamos ainda, na área interna, o Programa Educacional de Resistência às Drogas e Violência (Proerd), que consiste em um amplo projeto de prevenção ao uso de drogas, e as operações Varredura e Escola Livre, ambas com o objetivo de precaver quanto ao uso de armas ou objetos que possam ser utilizados como tal, com abordagens fora e dentro das escolas mediante acionamento da direção.”

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