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Presidiários vão fabricar tijolos ecológicos em projeto na Papuda

Atualmente, cerca de 400 detentos do sistema semiaberto trabalham e são beneficiados com a redução da pena

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Foto colorida da Papuda
1 de 1 Foto colorida da Papuda - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O projeto Reconstruindo Vidas, promovido pelo Centro de Internação e Reeducação (CIR), presta qualificação profissional a reeducandos do sistema prisional do Complexo Penitenciário da Papuda por meio de uma fábrica de tijolos ecológicos.

Sustentável, a oficina tem a meta de preparar os alunos para acompanhar as mudanças do mercado de trabalho, além de proporcionar o resgate da dignidade de detentos.

“É preciso formar o preso, porque um dia ele vai sair”, explica o responsável pelo projeto social, o diretor do CIR, João Victor da Anunciação.

De acordo com o diretor, o intuito agora é expandir a iniciativa para que outros reeducandos aprendam o ofício e se beneficiem com a redução da pena. O programa também gera economia para o Estado, uma vez que o material produzido é usado em obras na Papuda.

O tijolo ecológico é uma mistura de terra, água e uma pequena quantidade de cimento (cerca de 10%). O processo de produção dispensa a queima em fornos, o que reduz a emissão de gases poluentes na atmosfera, além de gerar economia energética e minimizar o desmatamento para a obtenção de lenha.

Novos projetos

Além do projeto da fábrica de tijolos, outros estão em andamento no CIR. Segundo João Victor, há curso de inglês e horta, cuidada por 10 reeducandos.

Os produtos gerados pela trabalho dos presidiários na horta são inteiramente doados para ações do governo.

Tanto as aulas de inglês quanto a horta contam com a participação de dois presos, um professor e outro agrônomo. Os detentos também são responsáveis por outras atividades, como a limpeza do local.

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