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Lula prevê escalada de violência até eleições e pede cautela

Pré-candidato do PT avalia que violência contra a sigla vai aumentar; coordenação da campanha deve reforçar esquema de segurança do político

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
Lula, pré-candidato à Presidência da República pelo PT
1 de 1 Lula, pré-candidato à Presidência da República pelo PT - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recomendou cautela aos membros do partido e da coordenação política da campanha, e diz acreditar que os episódios de violência contra a sigla devem aumentar nos próximos meses. A informação foi confirmada ao Metrópoles por participantes da reunião nesta segunda-feira (11/7).

Durante o encontro, em São Paulo, Lula defendeu que a tendência é que esse quadro de violência piore ao longo da campanha eleitoral. Ele fez um apelo aos apoiadores para que sejam cuidadosos, mas não cedam às intimidações.

O encontro já estava agendado. Contudo, após o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, morto por um simpatizante do presidente Jair Bolsonaro no sábado (9/7), em Foz do Iguaçu (PR), a coordenação achou necessário debater os protocolos de segurança do petista, que lidera as pesquisas de intenção de votos.

O ex-presidente lembrou que atos de grandes proporções estão programados em São Paulo e Minas Gerais. Ele orientou aos membros da coordenação de campanha e demais apoiadores para não responderem às provocações com violência.

A coligação que compõe o movimento em torno de Lula nas eleições é composta pelos partidos PCdoB, PSB, PSOL, PT, PV, Rede e Solidariedade. Em nota, representantes das siglas defenderam que trata-se de um “crime político” que não deve ser tratado como um caso isolado.

“O assassinato de Marcelo é um crime político, contra a liberdade de opinião e os direitos humanos, e como tal deve ser tratado – desde a investigação até o julgamento final. Por esta razão, estamos nomeando um assistente de acusação para atuar em apoio à família e peticionando à Procuradoria-Geral da República para se manifestar junto ao Superior Tribunal de Justiça pela federalização das investigações.”

O pronunciamento ressalta, ainda, episódios de violência recentes, como o uso de um drone para lançar veneno agrícola sobre o público de um ato petista em Minas Gerais, e uma bomba estourada em evento de Lula no Rio de Janeiro. 

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Investigação

Membros do PT e da coordenação política da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiram pedir a federalização da investigação sobre o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, ocorrido no sábado (9/7), durante sua festa de aniversário, em Foz do Iguaçu (PR).

Marcelo Arruda era tesoureiro do partido e chegou a concorrer ao cargo de vice-prefeito nas eleições de 2020. Ele morreu após ser atingido por tiros disparados por Jorge José da Rocha Guaranho, policial apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), que invadiu a festa que tinha como tema o PT e a campanha de Lula.

Inicialmente, a ideia de pedir a federalização da investigação era para tirar o inquérito das mãos da delegada Iane Cardoso, que estava na condução. Ela chegou a fazer postagens contra petistas em suas redes sociais em 2016. Mas, na manhã desta segunda, o governo do Paraná decidiu nomear uma nova titular, a delegada Camila Cecconello.

Apesar disso, petistas argumentam que o caso de Marcelo Arruda não pode ser tratado como isolado, visto que outros episódios de violência já atingiram a campanha da sigla no Paraná.

O incidente de deslocamento de competência (IDC), nome técnico para a federalização, depende de solicitação do procurador-geral da República e de decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Caso se decida por federalizar a investigação, ela teria que ser feita pela Justiça Federal.

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