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Governo abaixo da média. Para 61,6% dos brasilienses, a gestão de Rodrigo Rollemberg em 2015 foi reprovada

Na segunda rodada da pesquisa Metrópoles/Dados, maioria dos eleitores deu nota entre 1 e 4 para o primeiro ano do governo de Rodrigo Rollemberg

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
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1 de 1 091115MM_deputadosrollemberg034 - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Se o eleitor do Distrito Federal estivesse na função de professor e o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) no papel de aluno, o chefe do Executivo estaria reprovado. Em pesquisa encomendada pelo Metrópoles ao Instituto Dados, 61,6% dos brasilienses deram nota entre 1 e 4 aos primeiros 12 meses de mandato do socialista. Desse percentual, a maior parte (26,5%) carregou na tinta vermelha e deu nota 1 para Rollemberg.

A segunda rodada da pesquisa de opinião Metrópoles/Dados foi realizada entre os dias 12 e 15 de dezembro e ouviu 1.202 eleitores em diversas regiões do DF. Apenas 3,8% dos entrevistados avaliaram Rollemberg com rendimento acima de 8. Veja gráfico:

 

A reprovação é confirmada ainda por outro dado aferido no levantamento. Se a eleição para comandar o Palácio do Buriti fosse hoje, Rollemberg não seria eleito, já que 58% das pessoas abordadas não votariam nele. Outras 30,3% estariam em dúvida e apenas 6,5% o escolheriam. Na primeira rodada da pesquisa Metrópoles/Dados, realizada em outubro, o percentual de entrevistados que não votariam no atual chefe do Executivo ficou em 58,5%. Para quem foi eleito, no segundo turno, com 55,6% dos votos válidos, os desempenhos são um balde de água fria.

Embora a avaliação do desempenho do governador continue ruim, a comparação com a pesquisa anterior mostra uma melhora na performance do governador. Questionados sobre a qualidade da gestão do socialista, 15,4% dos eleitores consideraram a atuação do Executivo como boa. Em outubro, o índice era de 7%.


Piloto automático
Para especialistas ouvidos pelo Metrópoles, o governo está no piloto automático. Passado o período de turbulência, que teve o auge justamente no meses de outubro e novembro com as greves deflagradas por 32 categorias de servidores públicos, o momento agora é de mais calma. O pagamento dos salários em dia e a promessa de que haverá dinheiro em caixa para honrar o 13º salário dão uma certa tranquilidade às categorias. É o espírito natalino beneficiando o governador.

Outro fato que pode ter contribuído para a melhora no desempenho de Rollemberg é que, neste mês, a atenção da população esteve mais voltada para a Câmara Legislativa. Com os projetos de arrocho, que previam aumento na cobrança de impostos como o IPTU e o IPVA enviados para aprovação, o foco e a cobrança saíram do Palácio do Buriti.

O mestre em Ciência Política pela Universidade de Brasília (UnB) Everaldo Moraes diz que um crescimento de popularidade consistente depende de soluções práticas para problemas nas áreas, por exemplo, de saúde e da economia. “A economia não vai bem, o desemprego está em alta. Há queda na arrecadação e o GDF depende de repasses do governo federal”, cita o especialista. E adverte: “Se o governador não souber administrar com eficiência essas questões, não vai melhorar o seu desempenho”, conclui.

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