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Governistas e opositores travam queda de braço e adiam votação na CLDF

Sem acordo entre as duas bases, aliados do governo Rollemberg deixaram sessão e aumentam lista de espera de projetos na Ordem do Dia

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Câmara Legislativa
1 de 1 Câmara Legislativa - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

No mesmo dia em que desistiu de extinguir a verba indenizatória dos deputados distritais e, ainda, a pouco mais de seis meses das eleições, a Câmara Legislativa do DF começa a incorporar o tom de como será a campanha eleitoral de 2018. Apesar de ter uma pauta extensa de votação – entre projetos de autoria do Executivo, dos próprios distritais e análise de vetos do chefe do Executivo local –, os distritais decidiram colocar, nessa terça-feira (24/4), as diferenças políticas em primeiro plano e adiar apreciação de assuntos considerados importantes.

Com uma galeria cheia de manifestantes, entre eles estudantes, representantes de cooperativas de transportes e servidores da Secretaria de Fazenda, os distritais mantiveram por um bom tempo o quórum regimental para análise de proposições, mas a divergência entre oposição e situação fez com que a sessão fosse esvaziada e, consequentemente, finalizada após quatro horas de discursos, mas sem votações da Ordem do Dia.

“O gesto afasta esta Casa da sociedade. Se os deputados são contrários a alguns projetos, que façam isso na hora do voto, durante o debate. É um retrocesso à democracia esse tipo de situação”, esbravejou o presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT).

Em meio a discursos inflamados contra a atual gestão, os opositores chegaram a ceder, conforme o Metrópoles mostrou, um dos espaços da Mesa Diretora do plenário para o “Rollinóquio”, boneco em alusão à mistura do nome do governador com o do personagem infantil Pinóquio. O protesto não foi bem-recebido pelos distritais mais próximos do Palácio do Buriti.

Vetos
Pelo menos 127 vetos aguardam na agenda do plenário para serem analisados pelos distritais. Entre eles, o que “dispõe sobre a participação popular no processo de escolha de administrador regional”, de autoria do deputado distrital Chico Vigilante (PT), e ainda o veto do governador ao projeto de Celina Leão (PP) que obriga as empresas prestadoras de serviço de Transporte Público do DF a absorverem a mão de obra dos empregados que foram demitidos da Cooperativa de Transportes de Brasília (Coontrade).

No último caso, cerca de quatro mil demitidos aguardam a derrubada de veto, acordada no Colégio de Líderes entre governistas e oposicionistas. Durante a sessão dessa terça (24), manifestantes chegavam a gritar “pelo amor de Deus” para que os parlamentares analisassem ao menos o item de interesse do grupo. O apelo não convenceu parte dos distritais.

Contrariada pela ausência dos colegas, Celina Leão reclamou da tribuna. “Para que um deputado quer renovar o mandato? Para chegar aqui e deixar um monte de pai de família sem emprego por causa de uma fala de governistas? É melhor nem tentar a reeleição”, provocou.

Falta de acordo
Os parlamentares aliados de Rodrigo Rollemberg deixaram a sessão após embate entre governistas e o deputado distrital Chico Vigilante (PT). O petista alegava que haveria acerto entre os líderes partidários para analisar um projeto de sua autoria que inclui na Lei Orgânica do DF a criação da carreira de gestão fazendária. A medida, considerada controversa pelo governo, gerou polêmica em plenário.

Apesar do líder do governo Agaciel Maia (PR) ter dado a palavra de que havia acordo para a análise, outros distritais ligados ao Palácio do Buriti não aceitaram a decisão. Ao atender pedido do Executivo, os distritais Telma Rufino (Pros) e Cristiano Araújo (PSD) discordaram da votação e deixaram o plenário. A postura foi repetida por outros parlamentares defensores da atual gestão. O esvaziamento comprometeu a pauta do dia.

Mais incisivo, o vice-presidente da Casa, Wellington Luiz (MDB), criticou os colegas ausentes. “É uma vergonha. Quero pedir desculpas em nome do parlamento. Temos a certeza da hombridade de cada um dos senhores e a dificuldade que tiveram de chegar até aqui, lamentavelmente, sem terem seus interesses analisados”, frisou.

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