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Em cemitério, Valmir Amaral acusa Agnelo, Arruda e Filippelli de roubo

Em vídeo gravado sobre o túmulo do pai, ex-senador afirma que os três políticos foram responsáveis pela derrocada do Grupo Amaral

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Valmir Amaral
1 de 1 Valmir Amaral - Foto: Reprodução

Após sofrer diversas derrotas judiciais em processos relacionados às dívidas da empresa da família, o ex-senador Valmir Amaral resolveu culpar os ex-governadores José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PT) e o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB) pela derrocada do império que comandava. Em vídeo gravado ao lado do túmulo do pai, o empresário Dalmo Josué do Amaral, morto em 2014, o ex-parlamentar afirma: “Meu pai morreu porque foi roubado”.

Na gravação, Valmir Amaral aparece visivelmente alterado e, com um terço pendurado no pescoço, faz duras acusações contra os políticos do DF. “Me ajudem. Imprensa do Brasil, divulguem isso. Ele [Dalmo Amaral] foi roubado pelo Agnelo, Tadeu Filippelli. Arruda roubou do meu pai. […] Devido a isso, ele não aguentou e falou assim para mim: ‘Valmir, eu sei ganhar e perder dinheiro, mas eu não sei ser roubado. Eu quero morrer”, diz.

As declarações reforçam outras acusações feitas pelo ex-parlamentar, principalmente contra Agnelo Queiroz e Tadeu Fillipelli. Em 2013, à frente do GDF, a dupla fez uma intervenção no Grupo Amaral, assumindo a operação das linhas oferecidas pela empresa. À época, o governo afirmou que a medida era necessária para evitar um “colapso” do sistema público de transporte.

No ano passado, o ex-senador acusou Agnelo e Filippelli de cobrarem propina do pai dele. De acordo com Amaral, os recursos ilícitos eram repassados por meio do ex-diretor do DFTrans Marco Antônio Campanella. No entanto, Valmir Amaral não apresentou provas dos supostos crimes.

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Acionado pelo Metrópoles, o advogado de Agnelo Queiroz, Paulo Guimarães, afirmou que a defesa do ex-governador não tem conhecimento do vídeo e nega veementemente quaisquer acusações, como as feitas por Valmir Amaral no vídeo. As defesas de José Roberto Arruda e Tadeu Filippelli não atenderam às ligações da reportagem.

Dívidas
Hoje, o ex-parlamentar responde a diversos processos judiciais por conta de dívidas do Grupo Amaral. O grupo, que atuou no transporte público do DF por quase 40 anos e teve falência decretada em 2016, é um dos maiores devedores da Previdência Social, com débito superior a R$ 180 milhões.

Desde o ano passado, a carteira de habilitação do ex-senador foi suspensa pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) como incentivo para o pagamento de dívida com um fundo especializado. O passaporte de Valmir Amaral também estava bloqueado, mas foi liberado pela Justiça no fim do mês passado.

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