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Distritais fazem mais de 97 mil fotocópias ao longo de 2019

Valdelino Barcelos foi o que mais pediu impressões: foram 11 mil, segundo a CLDF. Apenas Júlia Lucy não usou o serviço este ano

atualizado

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Arte/ Metrópoles
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1 de 1 WhatsApp-Image-2019-12-26-at-19.49.44 - Foto: Arte/ Metrópoles

De janeiro a setembro de 2019, os deputados distritais fizeram 97.388 cópias e impressões em papel. Os dados, do Setor de Reprografia da Câmara Legislativa, contabilizam apenas os pedidos dos parlamentares e suas equipes. Contudo, os números devem sera maiores, uma vez que o balanço do último trimestre será divulgado apenas em 2020.

Nesta legislatura, quem mais gastou resmas até agora foi o distrital Valdelino Barcelos (Progressistas), com 11.624 reproduções. Ele é seguido por Chico Vigilante (PT), com 9.322; e Eduardo Pedrosa (PTC), com 9.250.

O grupo dos cinco primeiros é completado por Claudio Abrantes (PDT), que pediu 6.608 fotocópias; e Jorge Vianna (Podemos), com 6.460. Em relação aos 24 parlamentares, a lanterninha da lista é Júlia Lucy (Novo), que aparece com o saldo zerado.

Cada deputado tem, por mês, direito a 10 mil cópias em papel A4. Elas são feitas pela gráfica da Casa. São reproduções de projetos de lei, resoluções e requerimentos, entre outros documentos. Na conta não estão computadas correspondências, cartazes de sessões solenes, audiências públicas, materiais de divulgação e cartões de visita, entre outras impressões.

Confira a lista completa:

Editoria de Arte/Metrópoles

Outro lado

A reportagem procurou os cinco deputados que mais usaram o serviço ao longo de 2019. Primeiro colocado no ranking das fotocópias, Valdelino Barcelos questionou, por meio de nota, os números apresentados pela Transparência da Câmara Legislativa.

“O deputado Valdelino discorda do número de cópias atribuídas ao seu gabinete pelo Setor de Reprografia e solicitará revisão desse quantitativo tão logo se finde o recesso.”

De acordo com a assessoria do parlamentar, ele abre mão das diversas verbas indenizatórias a que tem direito e, apesar de não haver irregularidades, deixará de fazer as cópias na gráfica da Casa.

Chico Vigilante, por sua vez, ressalta que não usa toda a cota a que tem direito. As cópias feitas, segundo ele, são para a divulgação de suas ações parlamentares, como a aprovação de projetos. “Não considero esse número alto”, afirmou, referindo-se às 9,3 mil reproduções feitas.

Eduardo Pedrosa ressaltou não ter usado as verbas indenizatórias a que tem direito. Para o distrital, o consumo de cópias é resultado de muito trabalho. “Somos um dos gabinetes mais atuantes”, resumiu.

Claudio Abrantes, afirmou, por meio do gabinete, que não usa verba indenizatória. “As impressões são utilizadas para serviços administrativos e ainda para tirar cópia de documentos e entregar aos outros gabinetes. Ou seja, as cópias são utilizadas na atividade parlamentar e estão dentro de parâmetros razoáveis”, informou.

Quinto colocado na lista, Jorge Vianna diz que desde julho vem tentando reduzir os gastos de gabinete com o intuito de economizar recursos públicos.

“Atribuo [o número de cópias] à quantidade de serviços que temos no gabinete, às atividades que temos feito na saúde, educação e cultura. Foi feito um levantamento pela minha equipe técnica para não excedermos gastos. Desde julho, diminuí a verba indenizatória em quase 70%. Aos poucos, estou tentando fazer um gabinete mais barato”, afirmou Vianna.

Única a não gastar nada em 2019 com fotocópias, Júlia Lucy  disse que é preciso usar o recurso para prestar contas, “mas temos os meios digitais que nos permite fazer essa economia”.

“Temos alguns critérios para imprimir no meu gabinete, já que somos adeptos da política ‘lixo zero’. O dinheiro público vem do brasiliense, que trabalha cinco meses para pagar tributos”, comentou. A deputada ainda alfinetou os colegas: “Não consigo entender um gabinete que usa tanto material”.

Sistema eletrônico

O vice-presidente da Câmara Legislativa, Rodrigo Delmasso (Republicanos), acredita que, em 2020, o consumo de papel para a impressão de cópias de projetos, requerimentos e documentos diversos cairá com a implantação do Sistema Eletrônico de Informações (SEI).

Nos 30 dias desde sua implementação, segundo Delmasso, foi economizado o equivalente a mais de 1 mil resmas de papel, apenas com processos administrativos da Câmara Legislativa que deixaram de ser impressos. De acordo com ele, foram 512 mil documentos digitais.

“A ideia é digitalizar o processo em todos os setores, como já acontece no administrativo. Vamos fazer o mesmo na área legislativa e reduzir a impressão de papel. Isso implica uma política mais sustentável, pois não é só o papel. Também há o gasto com a impressão e de energia elétrica”, afirmou Delmasso.

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