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Alcoforado nega ter recebido propina em nome de Agnelo Queiroz

O ex-advogado do petista é acusado de ter intermediado R$ 600 mil em propina para o ex-governador

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Felipe Menezes/Metrópoles
luis carlos alcoforado
1 de 1 luis carlos alcoforado - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

Quatro horas após ser conduzido coercitivamente à Superintendência da Polícia Federal para prestar esclarecimentos, o advogado Luís Carlos Alcoforado convocou uma coletiva de imprensa. Alcoforado, que trabalhou com Agnelo Queiroz (PT) durante 10 anos, inclusive ao longo da gestão do petista no GDF, negou que tenha recebido recursos ilegais em nome do ex-governador.

“Nunca fui interlocutor do governador para receber propina. Nunca recebi R$ 600 mil para repassar ao Agnelo. É um absurdo. Se tivesse que receber para o Agnelo, ficaria com o dinheiro, porque ele me deve, conforme prestação de contas oficiais”, disse Alcoforado.

A acusação foi feita na delação premiada de Rodrigo Leite, executivo da Andrade Gutierrez. Segundo Leite, Alcoforado teria recebido R$ 600 mil em quatro parcelas, que seriam destinadas a Agnelo. A empreiteira, que fechou acordo com o Ministério Público Federal (MPF), detalhou como as obras do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha serviram de escoadouro de propina para políticos.

As delações motivaram a Operação Panatenaico, deflagrada na manhã desta terça-feira (23/5) pela Polícia Federal. Na ação, foram presas 10 pessoas. Entre elas, os ex-governadores Agnelo Queiroz, José Roberto Arruda (PR) e o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB).

Em um escritório no Setor Comercial Norte na tarde desta terça (23), Alcoforado ameaçou processar Rodrigo Leite. “Ele disse que meus contratos eram ficcionais, fictícios, mas eu não precisava receber por fora. Tenho um contrato com a Via Engenharia”, disse o advogado, referindo-se à empreiteira candanga que formou o consórcio com a Andrade Gutierrez para construir o Mané Garrincha.

Alcoforado ainda sugeriu que Rodrigo Leite possa ter embolsado a propina. “Ele poderia ter dito que passou para mim (o dinheiro), mas poderia ter embolsado essa verba em benefício próprio. é uma das teorias.” O advogado disse ainda ser “absolutamente favorável ao processo de delação premiada”, mas fez ressalvas. “Só acho que precisamos ter um pouco de cautela, cuidado e ponderação quando se tem uma informação unilateral.”

Depoimento
Antes da coletiva, Alcoforado ficou cerca de quatro horas na Superintendência da Polícia Federal para prestar esclarecimentos. Ele foi conduzido coercitivamente em ação realizada durante a manhã. Alcoforado chegou às 10h ao edifício da PF e saiu às 14h. O depoimento dele durou cerca de 20 minutos.

O advogado começou a trabalhar com Agnelo na campanha de 2006, quando o então integrante do PCdoB concorria ao Senado Federal. Depois, atuou junto ao governador e, em 2014, rompeu o contrato por alegar não ter recebido pelo serviço prestado. Alcoforado alega não recebido pagamentos de R$ 400 mil referentes a serviços prestados para o petista.

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