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Vigilante: Rollemberg plagiou projeto de eleição para administradores

Segundo o distrital, GDF “piorou” a proposta aprovada no fim do ano passado que institui escolha popular de gestores das administrações

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Chico Vigilante
1 de 1 Chico Vigilante - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O clima na Câmara Legislativa ficou quente na tarde desta terça-feira (20/2). Após encaminhar um projeto de eleições diretas para administradores regionais, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) foi atacado em plenário.

Um dos que subiu à tribuna foi o deputado distrital Chico Vigilante (PT). Ele acusou Rollemberg de plagiar o projeto de autoria do petista que prevê eleições para gestores das administrações regionais. Segundo o parlamentar, a cópia do chefe do Executivo deveria ter mencionado a autoria original da proposta.

Rollemberg deveria ter ao menos citado meu nome. Minha equipe de trabalho pesquisou e chegou a um resultado aprovado pela Casa. Além disso, ele piorou o meu projeto, colocando as eleições só para 2022 e obrigando os candidatos a se filiarem. É um absurdo

Chico Vigilante

O líder do governo, Agaciel Maia (PR), tentou amenizar a situação e insistiu na inconstitucionalidade da proposta. “Chico, tudo que é bom e que venha de uma pessoa inteligente, como Vossa Excelência, tem que ser copiado mesmo. O projeto do governador ainda precisa ser analisado com mais atenção antes de ser aprovado”.

Outros quatro deputados também criticaram o projeto do governador Rollemberg. Entre eles, Wasny de Roure (PT), Celina Leão (PPS) e Bispo Renato Andrade (PR).

Por meio de nota, o secretário de Comunicação, Paulo Fona, saiu em defesa do socialista. “O deputado Chico Vigilante está equivocado sobre quem plagia quem. A eleição direta de administradores regionais era uma das principais propostas do então candidato Rodrigo Rollemberg, eleito pela população, derrotando o candidato do PT. Além disso, o projeto dele [Vigilante] contém uma série de ilegalidades políticas”, disse.

Vetos
Na tarde desta terça-feira (20), a Câmara Legislativa vai analisar vetos do governador, entre eles o que trata das eleições para administradores regionais. A proposta de Vigilante foi aprovada em dezembro do ano passado, mas Rollemberg a vetou.

Na segunda (19), Rollemberg encaminhou um projeto de lei com algumas diferenças em relação ao proposto pelo petista. A principal delas é a realização da escolha daqui a quatro anos, ou seja, só em 2022. Dessa forma, caso o socialista seja reeleito, vai poder indicar os administradores na próxima gestão.

Mas, caso os distritais derrubem o veto e não aprovem o texto palaciano, a norma que entra em vigor é a de Vigilante. Nesse caso, os governadores seriam obrigados a concluir todo o processo de eleição para as administrações em até três meses após a posse. Ou seja, o próximo chefe do Executivo teria até o fim de março de 2019 para promover o pleito.

Confira na íntegra o documento do Palácio do Buriti

Projeto de lei do GDF sobre administrações regionais by Metropoles on Scribd

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