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Após descoberta de fraudes, distrital vai propor CPI do DFTrans

Ideia é complementar investigação de operações que identificaram desvios no sistema de bilhetagem eletrônica do transporte público

atualizado

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Giovanna Bembom/Metrópoles
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1 de 1 dftrans - Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles

Os desvios de recursos e fraudes no Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), que desencadearam a Operação Trickster na quinta-feira (16/3), repercutiram na Câmara Legislativa. O distrital Juarezão (PSB) vai apresentar na próxima terça (20) requerimento para a abertura de comissão parlamentar de inquérito com o objetivo de investigar irregularidades na autarquia, conforme anunciou o deputado.

A finalidade é apurar a prática de crimes no DFTrans, tais como: organização criminosa, corrupção passiva e ativa, falsidade documental e adulteração de sinal identificador de veículos. De acordo com a Polícia Civil, os delitos foram praticados, entre outras pessoas, por servidores públicos e empresas que operam o transporte público na capital federal.

Segundo Juarezão, o pedido de abertura de CPI seria um desdobramento das operações Trickster e Checklist, que apontaram fraudes de aproximadamente R$ 1 bilhão no Sistema de Bilhetagem Automática (SBA).

Para que a comissão seja acatada pela Câmara Legislativa, são necessárias oito assinaturas dos deputados. Caso aprovada, o prazo de duração da CPI será de 180 dias, podendo ser prorrogada por igual período.

Esquema
O esquema investigado pela Trickster funcionava desde 2014. O grupo descarregava os créditos de cartões de vale-transporte nos validadores de ônibus de forma sequencial e em linhas distintas. Tudo era feito com empresas de fachada e trabalhadores fantasmas.

Ao todo, foram presos 34 pessoas, entre elas um servidor da própria Câmara Legislativa. Alexandre Lopes Alencar trabalhava para a deputada Celina Leão (PPS). Após declarar que desconhecia a participação de Alencar no esquema, a deputada exonerou o funcionário nesta sexta-feira (16).

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