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Alberto Fraga e Rollemberg trocam farpas após operação policial

Investigação apontou ligação de assessor do deputado federal com empresas suspeitas de lavagem de dinheiro

atualizado

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Andressa Anholete/Metro/Divulgação
alberto fraga e rodrigo rollemberg
1 de 1 alberto fraga e rodrigo rollemberg - Foto: Andressa Anholete/Metro/Divulgação

A operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) que investiga um assessor do candidato Alberto Fraga (DEM) como centro de um suposto esquema criminoso de lavagem de dinheiro movimentou os bastidores da corrida eleitoral. O deputado federal, por meio de sua assessoria, reagiu e disse que a investigação tem cunho político, “uma vez que Fraga ameaça o projeto de reeleição de Rollemberg”.

Em resposta à declaração do parlamentar, o postulante à reeleição, Rodrigo Rollemberg (PSB), também por meio da assessoria de imprensa, afirmou que a PCDF “atua com inteira liberdade e independência, como o próprio Fraga sabe, ou deveria saber”.

A ação policial deu munição a outros concorrentes ao Palácio do Buriti. “Quando o alvo era Rollemberg, ele [o governador] alegou ser uma operação política. Agora, a investigação atinge o Fraga e a motivação [alegada pelo deputado] seria política também. Assim fica confuso”, afirmou o buritizável do MDB, Ibaneis Rocha, referindo-se inicialmente à Operação (12:26), que atingiu pessoas próximas ao atual gestor. “Para mim, só mostra que estão todos no mesmo patamar”, completou o ex-presidente da Seccional do DF da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF).

A candidata pelo PSol ao Buriti, Fátima Sousa, também não economizou críticas. “É lamentável que um candidato que diz ser defensor da segurança pública agora venha colocar sob suspeita uma investigação da Polícia Civil do DF, com trabalho chancelado pela Justiça e pelo Ministério Público”, afirmou. E completou: “Se é esse o cuidado que o candidato demonstra com o dinheiro público na gestão de um pequeno gabinete, o que esperar caso venha a comandar um dos maiores orçamentos do país?”.

Rogério Rosso (PSD) disse que “confia no trabalho das instituições e espera que nesse período conturbado e difícil da política no país e no DF prevaleça a ordem jurídica, a ordem pública e a observância à constituição”. Os demais postulantes ao Buriti não falaram sobre a investigação.

Operação Blindness
A Coordenação Especial de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado, aos Crimes contra a Administração Pública e aos Crimes contra a Ordem Tributária (Cecor) cumpriu sete mandados de busca e apreensão contra duas empresas de publicidade e comunicação suspeitas de lavagem de dinheiro. Os estabelecimentos, informou a PCDF, seriam ligados a Francisco Edielson, assessor parlamentar de Fraga.

Segundo o delegado Virgílio Agnaldo Ozelami, as duas empresas faturaram mais de R$ 10 milhões nos últimos três anos, mesmo tendo como sócios pessoas de baixa renda, entre elas uma ex-diarista. De acordo com a polícia, ela seria Fátima Ferreira, sócia da Cloud Technology e irmã de Flávia Ferreira, dona da Atos Dois (nome fantasia Xeque Mate) e ex-mulher de Edielson. Para o policial, trata-se de um núcleo familiar que atuaria de forma suspeita. Integrantes da Xeque Mate atualmente prestam serviço para campanhas de outros buritizáveis.

De acordo com informações do Portal da Transparência, a Atos Dois e Fátima Ferreira dos Santos ME (microempresa de nome fantasia de Cloud Technology (microempresa) receberam R$ 986,1 mil em verba indenizatória de Alberto Fraga no período entre janeiro de 2015 a julho de 2018.

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