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Orçamento do Museu Nacional da Bíblia é estipulado em R$ 26 milhões

Valor é o que a comissão de licitação do projeto prevê para aquisição de equipamento cultural para o novo ponto turístico do DF

atualizado

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O Museu Nacional da Bíblia, que será construído sob o valor previsto de R$ 80 milhões, terá orçamento de R$ 26 milhões, como prevê a comissão de licitação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Esse valor se destinará à aquisição de equipamento cultural, segundo a pasta.

O secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, argumentou que a obra não se trata de templo religioso. “Antes de tudo, o projeto nasce dentro dos padrões museológicos mais rigorosos. Não se está pretendendo erguer um templo de fé e de orações”, explica.

Para o gestor, o museu “será um espaço cultural e curatorial, que vai permitir experiências de conhecimento sobre uma das mais importantes escrituras da humanidade, sobre a qual deitam as raízes da civilização ocidental”. Rodrigues cita a influência do livro nas “artes, literatura, filosofia e  pensamento científico” para justificar a obra. “Até o mais ardoroso ateu sabe disso”, argumentou o secretário.

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Concurso

O Governo do Distrito Federal (GDF) publicou, em 21 de dezembro de 2020, o edital do concurso público para selecionar estudo preliminar de arquitetura do Museu Nacional da Bíblia. Os detalhes constam em edição extra do Diário Oficial do DF (DODF) daquela data.

As propostas preliminares e os documentos de inscrição devem ser apresentados, em site específico para a seleção, entre os dias 15 de janeiro e 1º de março de 2021. A obra está prevista para ter 7,5 mil metros quadrados, ficará no Eixo Monumental e o vencedor da competição deve levar prêmio de R$ 122 mil. O resultado final está previsto para ser divulgado em 23 de março.

Segundo o edital, podem participar pessoas físicas ou jurídicas constituídas por profissionais diplomados, legalmente habilitados, devidamente cadastrados e em situação regular perante o conselho profissional de sua área de atuação, como Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), no caso de engenheiros civis. Os participantes devem morar no Brasil.

De acordo com o estabelecido pelo GDF, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, os projetos serão julgados por uma comissão formada por cinco arquitetos. Entre os critérios para seleção, estão inovação, adequação às normas e sustentabilidade socioambiental.

Polêmicas

A Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea) entrou na Justiça contra o projeto do GDF de construir o Museu da Bíblia. Em 30 de setembro, a 7ª Vara de Fazenda Pública de Brasília indeferiu o pedido para suspensão de eventuais obras e dos procedimentos licitatórios.

“Com R$ 80 milhões, o GDF poderia construir milhares de casas populares, postos de saúde, hospitais, creches e etc., atendendo a toda a população, não apenas os ‘fiéis’ de determinadas crenças religiosas, ainda que majoritárias no espectro brasileiro, ressaltando que não é papel do Estado construir monumentos religiosos, em razão de manifesta vedação constitucional”, escreveu a Atea.

Além do valor anunciado, a obra causou polêmica também quanto à autoria. Segundo o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/DF), não há comprovação de que o projeto tenha sido realizado por Oscar Niemeyer, uma vez que não há Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) feito pelo arquiteto para esse desenho.

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