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“Nunca precisei agir de maneira desonesta”, diz Roni após prisão

O ex-jogador do Fluminense e da Seleção Brasileira foi solto nesse domingo (26/05/2019). Ele é suspeito de cometer fraude em bilheteria

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Roni sendo preso no Mané Garrincha
1 de 1 Roni sendo preso no Mané Garrincha - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O ex-jogador Roniéliton Pereira Santos, 42 anos, conhecido como Roni, se pronunciou nesta segunda-feira (27/05/2019) pela primeira vez após ser preso no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha por suspeita de cometer fraude nas bilheterias dos jogos organizados pela sua produtora, a Roni7. Outras seis pessoas também foram presas durante o jogo Botafogo x Palmeiras nesse sábado (25/05/2019), em Brasília. A operação da Polícia Civil (PCDF) foi revelada pelo Metrópoles.

Por meio de nota, Roni manifestou “total tranquilidade em relação às notícias dos últimos dias”. E continuou: “Em toda a minha vida (profissional e pessoal), sempre pautei minhas ações com base na ética e na correção de caráter”.

Roni teve passagem por clubes de renome – como o Flamengo, o Fluminense e o Rubin Kazan, da Rússia –, além da Seleção Brasileira. O ex-jogador disse não ter “dúvidas de que todas as medidas necessárias serão tomadas para que a compreensão dos fatos seja feita de maneira íntegra e nítida”.

“Nunca precisei agir de maneira desonesta em minha vida profissional. Meus êxitos do passado e presente são resultados de uma postura idônea e coerente com a minha linha de pensamento”, acrescentou.

O suspeito agradeceu “imensamente” as manifestações de apoio e suporte que diz ter recebido após o que classificou como “ocorrido”. “Tenho certeza de que essas pessoas conhecem minha índole e se manifestaram porque acreditam no meu caráter. Fico à disposição para esclarecimentos outros que se fizerem necessários. Confio na Justiça do meu país”, concluiu.

Após ser ouvido por investigadores da Polícia Civil, Roni, foi solto na noite desse domingo (26/05/2019). Ele estava detido na carceragem da corporação desde a tarde de sábado.

Advogado de Roni e do sócio dele, Leandro Franco de Brito, Cleber Lopes informou que a Roni7 fará uma auditoria interna para identificar se houve diferença no pagamento de impostos. Caso confirmada, o débito será quitado.

Lopes classificou a operação como “espetáculo pirotécnico”, que, segundo ele, poderia ser evitada com uma notificação fiscal. “Se tiver diferença, vai pagar e acaba o processo criminal. Só pode existir [o processo] se houver constituição do crédito”, declarou.

Episkiros
A investigação teve início em 2017, após uma denúncia recebida pelo Ministério Público. O inquérito foi prontamente instaurado pela Divisão de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Dicot), que pertence à Coordenação Especial de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e aos Crimes contra a Administração Pública (Cecor). Segundo a PCDF, a investigação aponta indícios de ocorrência dos crimes de estelionato majorado, associação criminosa, falsidade ideológica e sonegação fiscal.

O nome da operação – Episkiros – é uma referência ao jogo com bola criado na Grécia Antiga que pode ter sido a origem do futebol moderno, bem como pelo fato de a palavra episkiro poder significar jogo enganoso.

Além das prisões, foram expedidos 19 mandados de busca e apreensão. Seis foram cumpridos em endereços do DF, dois em Luziânia (GO) e 11 em Goiânia (GO), onde quatro dos investigados moram. No Mané Garrincha, os agentes apreenderam computadores, borderôs e os ingressos da partida. Durante as buscas feitas com auxílio da Polícia Civil de Goiás, os policiais apreenderam R$ 100 mil em espécie na sede de uma das empresas, instalada na capital goiana.

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