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Nove cobras em 3 dias: por que tantas serpentes têm aparecido no DF

Ao todo, foram quatro cascavéis, quatro jiboias e uma corre-campo. Especialistas explicam presença de répteis

atualizado

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PMDF/Divulgação
Cascavel localizada em piscina do Park Way
1 de 1 Cascavel localizada em piscina do Park Way - Foto: PMDF/Divulgação

Desde quinta-feira (14/4) até esse sábado (16/4), o Batalhão Ambiental da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) resgatou nove cobras. Ao todo, foram quatro cascavéis, quatro jiboias e uma corre-campo, todas em diferentes regiões do DF.

Das cascavéis resgatadas, duas estavam no Park Way, uma na Estrutural e uma na Granja do Torto. Já entre as jiboias, uma acabou resgatada na DF 130, uma no Altiplano Leste, uma no Recanto das Emas e a última em Planaltina. A cobra corre-campo foi localizada em São Sebastião.

Veja algumas das cobras resgatadas neste feriado:

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Segundo a supervisora de manejo de répteis do Zoológico de Brasília, Mariana de Carvalho, em época da chuva, é normal as cobras aparecerem, porque é quando esses animais se reproduzem.

“Além disso, na chuva, as galerias em que elas costumam se abrigar inundam e elas saem mais também, facilitando nosso encontro com elas. Na época reprodutiva, elas se deslocam mais procurando parceiros, o que também facilita nosso encontro”, contou a especialista.

Outro ponto importante é onde as serpentes foram encontradas. Em alguns bairros recém inaugurados, antes havia apenas o Cerrado. Segundo explica Eduardo Bessa, professor de Zoologia do campus de Planaltina da Universidade de Brasília (UnB), quando as regiões são criadas, as cobras continuam por lá e, eventualmente, aparecem.

“As cobras sempre estiveram por aí, elas são um elemento muito importante do ecossistema, como predadores de topo, comem várias presas que vão desde pragas agrícolas como os caramujos, até vetores de doenças como os ratos”, explica o professor.

Uma outra explicação para a aparição desses répteis são as áreas desmatadas, que obrigam as serpentes a procurar abrigos, às vezes dentro das casas.

“Acontece que a estação das chuvas é a de maior atividade da cobras, especialmente em dias que combinam umidade e calor, como temos visto recentemente. Em geral, tem alimento para elas, água e a temperatura adequada para estimular a atividade desses animais ectotérmicos (de sangue frio). Muitas espécies, inclusive, costumam aproveitar este período para acasalar”, complementou o professor.

Para evitar esbarrar com cobras em casa, o jeito mais efetivo é eliminar o acesso para esses animais, como frestas e vãos de porta; os abrigos, como entulho, depósito de folhas e mato; além de água e alimento, como o lixo, que pode atrair ratos.

“De qualquer forma, não se deve matar esses animais. Além deles serem protegidos por lei, a maioria das cobras é inofensiva aos humanos, além de serem importantes para eliminar ratos, por exemplo”, explica o professor de Zoologia da UnB.

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